Incêndio deixou centenas de milhares de euros de prejuízo na agricultura do Vale da Vilariça

Muito revoltado com tanta prejuízo por causa do fogo que, na semana passada reduziu a cinzas milhares de hectares de culturas agrícolas no Vale da Vilariça, Pedro Morgado, desfia um rosário de perdas, desde oliveiras centenárias “que não podem ser substituídas, nem pagas”, até danos graves na “vinha, olival, amendoal e equipamento de rega”, numa exploração onde já investiu cerca de um milhão de euros. “Agora é trabalhar para recuperar o que for possível, olhar para a frente e pensar se vale a pena continuar na agricultura”, afirmou o agricultor.
O presidente da junta da freguesia de Vilares da Vilariça, no concelho de Alfândega da Fé, diz que se usou água da rede pública para travar as chamas “e se fez o possível”, afirmou José Cunhado.
Em Vilarelhos, Célia Pancha, autarca, garante “que nunca por ali houve um fogo assim" tão rápido e destruidor.
Os elevados prejuízos nas culturas e sistemas de rega, com tubos derretidos, na área regada pela albufeira da Burga, são confirmados por Fernando Brás, da Associação de Regantes da Vilariça. “É impressionante o que aqui se passou. Em dois ou três minutos arderam seis hectares. Os equipamentos de rega estão danificados pelo fogo, algo que não passava pela cabeça de ninguém”, sublinhou o dirigente.