Felgueiras acolheu residência artística coordenada pelo artista plástico Agostinho Santos

A pequena aldeia de Felgueiras, no concelho de Alfândega da Fé, acolheu ao longo de quatro dias uma Residência Artística que contou com a orientação do artista plástico Agostinho Santos, diretor da Bienal Internacional de Arte de Gaia e coordenador do projeto Onda Bienal.
Durante o projeto, os mais novos perderam dar liberdade, criatividade e imaginação à veia artística, onde os alunos dos 7.º, 8.º e 9.º anos do Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé, participaram em várias oficinas, sempre com o acompanhamento artístico e interação de Agostinho Santos.
O artista foi convidado pela câmara de Alfândega da Fé e defende que a arte deve ir ao encontro das pessoas.
“Eu sou muito sensível às questões da arte, principalmente, nas regiões onde normalmente não há as mesmas oportunidades que há Lisboa e no Porto. E por isso sempre fui um defensor da descentralização das artes. Ano a ano há melhores condições, nestes territórios, há melhores condições para receber a Arte e exposições”, explicou Agostinho Santos.
O artista esteve em Felgueira para “fazer quadros para o futuro Museu de Alfândega da Fé e os restaurantes ficaram, ao que tudo indica, expostos em algumas escolas.
O município de Alfândega da Fé pretende concretizar o projeto Felgueiras, Aldeia das Artes, sendo esta iniciativa mais um passo nesse caminho, já que a localidade, no entender do município, tem todo esse potencial.
“Esta residência artística é um convite desafiante numa aldeia que está numa região muito bonita e onde só vivem oito pessoas, mas onde me foram criadas condições para a instalação de um atelier. É sempre bom sairmos da nossa zona de conforto e vir ao encontro de outros públicos e de outras gentes”, concretizou Agostinho Santos.
Por seu lado, a representante do município de Alfândega da Fé nesta iniciativa, Ana Margarida Duque, disse que há mais de uma década que a autarquia tem usado uma estratégia no sentido de fazer uma aproximação da arte e das questões culturais, neste caso a pintura, junto dos mais jovens.
“As coisas quando acontecem, como foi o caso desta Residência Artística, tenso de lhe dar alguma relevância para haver evidências, e é esse o objetivo”, frisou.
No que diz respeito à aldeia de Felgueiras, a mesma, apesar dos seus oito habitantes, sofreu uma profunda intervenção no espaço público através do Programa Valorizar, reconvertendo o pequeno lugar numa “Aldeia da Biosfera”.
Este projeto teve como objetivo criar um destino turístico alternativo, diferenciado e inclusivo. É marcado por intervenções ao nível da melhoria pelo Espaço Público a nível de acessibilidade e de segurança, e renovação das infraestruturas afetas ao turismo.
A Casa de Campo das Felgueiras possui características únicas, que se refletem através da decoração e de elementos arquitetónicos e uma filosofia de gestão muito ligada à promoção da arte e da cultura.