Para uma parte cada vez maior e mais representativa da vontade dos portugueses, é cada vez mais difícil de entender, e muito mais ainda de justificar e de aceitar, a maneira leviana, simplista e totalmente descontextualizada da realidade atual do nosso país, como uma percentagem, não despicienda, da atual classe política instalada nas mais diversas áreas do poder e da administração pública, com todas as condições para continuar a crescer exponencialmente, se posiciona perante as muitas dificuldades da vida das pessoas e os enormes desafios com que, nos tempos mais próximos, o país real ir
A opinião de ...
Parece que tinha de acontecer. E mesmo parecendo que tinha de acontecer, de facto, aconteceu. Os incêndios, neste país, amplamente divulgados e penosamente suportados, atraíram telespetadores, radio-ouvintes e leitores. Provocaram mortos e feridos, lamentações, perdas, movimentações, exclamações, desânimo, discussões, e comentários, durante mais do que o fim-de-semana recentemente passado. Hoje, 22 de setembro de 2024, ainda fere a nossa vista tudo quanto nos mostraram, tudo quanto lemos, bem como os nossos ouvidos ainda sofrem por tudo quanto ouvimos.
O ser humano é um ser de tempo e do tempo, ser da natureza e ser pensante, de espiritualidade e de interlocução, que vive bastas vezes além do outono, estação, o seu próprio outono, em exortação à interioridade, um estado de alma.
Ontem foi dia de audiência geral do Papa Francisco, no Vaticano.
(continuação da edição anterior)
Os livros falam sempre de outros livros. Também os seus volumes falam de outros volumes, livros, revistas, jornais, sítios eletrónicos. Deve entrar-se neles com demora e solenidade. Num vórtice de signos intertextuais, ecos, ressonâncias e vozes que se complementam, Hirondino Fernandes faz-nos partícipes dum diálogo vivo. Aqui e ali, em relances fugidios, vislumbram-se ações e engenhos de detetive ou caçador. A sua obra não é exibicionismo de recolector erudito. É partilha de uma viagem pela substância do tempo.
Setembro é um mês financeiramente difícil para as famílias com jovens em idade escolar, já que veem aumentar os seus gastos com o início do ano letivo.
Que cuidados se deve ter na utilização do cartão de crédito ou do recurso ao crédito pessoal para fazer face a estas despesas?
Quintas de Rio Frio é um pequeno povoado pertencente à freguesia de Carragosa, juntamente com a aldeia de Soutelo da Gamoeda. Situado 11 km a Nordeste de Bragança e a 1 km a Sudeste de Carragosa – desvio da EN308-3. Existe como freguesia desde os alvores da nacionalidade, de onde emerge, curiosamente, a primitiva paróquia de Carragosa.
Celebrar 75 anos [bodas de diamante/ brilhante] seja no casamento, ou no aniversário de uma estrutura edificada, é relembrar os duradouros anos de uma relação, uma etapa atingível por poucos, pelo que requer uma cerimónia com pompa e circunstância. Se no casamento são poucos os que assinalam esta etapa a dois, numa obra a celebração só falha se houver esquecimento, falta de empenho, ou má vontade.
Provavelmente por causa do cinquentenário, quiçá porque ameaças que nessa altura julgávamos estarem definitivamente arredadas e sem caminho de retorno, o certo é que nestes tempos mais próximos tenho regressado, de forma recorrente a Bragança de há cinquenta anos, invariavelmente à Praça da Sé, com paragem obrigatória no Chave D’Ouro, no Flórida e no Cruzeiro, com passagens episódicas pelo Poças e Moderno.
Como escrevi há duas semanas atrás, nada justifica que os deputados da Assembleia da República, como crianças birrentas recém desmamadas, para fazerem valer os seus caprichos, em vez de desenvolverem um trabalho sério e honesto, optem por se divertirem, ameaçando tudo e todos com novas eleições, possíveis de desencadear com a rejeição da proposta de orçamento do estado para 2025, um documento indispensável para o futuro próximo da governação do país, um documento contra o qual, mesmo sem o conhecerem, já houve quem tivesse o desplante, a lata e a insensatez de assumir que irá votar contra
O Papa Francisco vem reiteradamente alertando para a ‘cultura do descartável’ que o processo de globalização tem implementado na sociedade actual1. “Vivemos numa época marcada pela pressa, pela agitação e pelo imediatismo. Tais características são típicas de uma sociedade na qual a Globalização da Indiferença está enraizada e como tal produz efeitos nefastos, tais como, não compreender no outro o meu semelhante, o meu irmão, um prolongamento de mim mesmo.
O mês de setembro é sinónimo de arranque de um novo ano letivo. O cheiro de novos cadernos e borrachas traz à memória os momentos de ansiedade de início de novos ciclos, que devem ser de aprendizagem, de conhecer novos colegas, fazer novos amigos.
Não por acaso, a escola ocupa uma fatia importante da nossa vida, com 12 anos de escolaridade obrigatória, mais três de pré-escolar, fora os anos de ensino superior e as formações realizadas ao logo da vida. Afinal, não por acaso, diz-se que o saber nunca ocupa lugar e que devemos estar em aprendizagem constante ao longo da nossa vida.
ercebi a importância do assunto na forma como a secretária da Presidente da Fundação Champalimaud me comunicou que a Dr.ª Leonor Beleza queria falar comigo no dia seguinte, mas apesar de querer que eu fosse ao seu gabinete, logo de manhã, não era urgente pois, ao contrário de outras ocasiões, não quis adiantar nada ao telefone – tinha de ser pessoalmente. A ser recebido no seu gabinete, antes de qualquer outra tarefa da sua exigente e preenchida agenda entendi os “misteriosos” contornos desta inédita convocatória:
Ao longo dos últimos 22 números, percorremos algumas áreas de realização da República Democrática Pluralista Portuguesa ou III República Portuguesa ou ainda República de Abril (desde 26-04-1974).
Rousseau, em Contrato Social (1763) aconselhou-nos a sacudir o jugo de um governo tirano e muitos «militares de Abril» pensaram que bastava sacudir o jugo. Outros, porém, precaveram-se contra os perigos da demagogia democrática que transforma os cravos da liberdade em espinhos da tirania.
Yá por eiqui falemos de muita cousa, de tanta cousa, mas quaije siempre cun aquilho que ten a ber cun las lhénguas. I fui a pensar nisso qu’hoije me dei de cunta que se calhas nunca screbi subre l porquei de chamarmos a las nuossas falas “lhénguas”, “dialectos”, “eidiomas”, “falares”, etc.
Nun bamos eiqui a antrar an questones mui lhenguísticas pois todos estes chamadeiros ténen la sue stória, la sue rezon de ser, las sues splicaçones. Anteréssa-me solo saber porquei la mesma rialidade ten todos esses nomes. Ampecemos pul mais comun: lhéngua. Porquei se chama assi?
erante a ideia peregrina passada na conferência de imprensa realizada no dia seguinte à fuga dos cinco perigosos cadastrados, na qual os participantes naquela espécie de velório, em vez de cada um assumir a cota parte das suas responsabilidades, tudo se resumiu a uma tentativa falhada de todos sacudirem a água do seu capote, não deixando a mínima dúvida que o que aconteceu naquele que era tido como um estabelecimento prisional de alta segurança, não aconteceu porque “alguma coisa correu mal”, mas porque ”tudo correu criminosa e escandalosamente mal”.
Quero prestar a minha homenagem a Campos Monteiro, natural de Moncorvo, terra onde fui professor de História, mais de trinta anos, está-me no coração.
Se há uma atitude que hodiernamente se nos é reiteradamente requerida e que devemos assumir, até nos cansarmos, nestes tempos de afastamentos, de relativismos e de calculismos, é o diálogo.
Ainda na semana passada, o Mensageiro dava conta de um texto de D. Nuno Almeida que servia de introdução às nomeações pastorais feitas pelo prelado da nossa diocese.
Quando o lobo veste a pele de cordeiro não será, certamente, para defender o rebanho. Mal irá o pastor que o acolha a julgar só pela aparência. No mínimo terá de o observar com desconfiança e mantê-lo debaixo de olho pois por baixo da lanífera capa de dócil ruminante continua o pelo eriçado da fera carniceira.