A opinião de ...

Criar, ousar e atuar!....

Numa sociedade controversa, agitada, repleta de invejas e descontextualizadas vaidades, tantas vezes inoperante e mal orientada, somos, de algum modo, conduzidos a caminhos onde predominam os medos, as incertezas, as indiferenças, as precariedades, os desentendimentos, as guerras e as pessoas injustiçadas. Lutar contra estas adversidades, embora difícil, deve constituir motivação acrescida, numa perspetiva de mudança positiva, potenciadora de relações menos frias e mais justas, soltando as amarras do egoísmo, da inoperância e da indiferença negligente.
Atitudes promotoras de criatividade, do desenvolvimento integral, da aproximação afetiva e da valorização do que é nosso e de quem connosco vive e convive, devem ser, não só reconhecidas, como apoiadas.
Sendo certo de que nem sempre quem é criativo, ousado, ativo e interventivo, é positivamente reconhecido, nomeadamente por inveja doentia, coadjuvada por mentalidades em que a conhecida história do Ovo de Colombo, “encaixa” na perfeição, não é menos verdade que os nossos ambientes precisam de gente esclarecida, moderna e fraterna, que mostre inequívoca capacidade de realizar coisas diferentes, consistentes e coerentes. 
Decorrente da filosofia do desenvolvimento sustentável, importa potenciar o despertar para o acordar de adormecimentos negligentes, para o empenhamento em novos e inovadores desafios, coerentes e solidários, que reforcem a afetividade inequívoca consistente, baseada em compromissos sérios, ativos e interventivos, em que a economia e o valores caminhem de mãos dadas, garantindo uma vida mais saudável.
E os bens materiais não são tudo na vida. Há outros valores tão ou mais importantes, que se reforçam e potenciam na ausência ou escassez da materialidade. Nem sempre para fazer “coisas”, realizar acontecimentos, agregadores de valores e sentimentos, é determinante ter dinheiro. Determinante é, isso sim, ter criatividade, determinação e objetividade, ousando desprendidamente, fazendo e realizando, comprometidamente.
Torna-se, pois, deveras importante que seja tarefa de todos e de cada um, colocando, desinteressadamente, os seu talentos ao serviço do bem comum, desenvolver a competente e oportuna identificação de necessidades e potencialidades, que levem a uma definição de soluções, para um desenvolvimento plural, apontado caminhos identificadores do bem-estar social e do equilibrado desenvolvimento transversal, contextualizado em princípios de positividade e afetividade convergente.
Nesta perspetiva, importa que estejamos atentos, olhando para além do que vemos, exercitando o pensamento e o despertar para ideias novas, colocando asas aos sonhos, alimentando a criatividade com transporte para a realidade, potenciando a visibilidade, com responsável liberdade.
Não obstante a adversidade multiplicada e a necessidade de “partir pedra”, tantas vezes entalhada, dura e multifacetada, nunca devemos “baixar os braços” no “combate” a comportamentos negligentes, laxistas e indiferentes. Devemos, isso sim, lutar pelo desenvolvimento económico e social, norteados pela LUZ da esperança motivadora, nas asas da imaginação, ousando e, sobretudo, intervindo de forma tão coerente quanto justa e sustentada, acreditando que é sempre possível criar, ousar e atuar, desde que NUNCA se perca a FÉ, o saber SER e ESTAR!...

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3623

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