A opinião de ...

O panorama aeronáutico de Trás-os-Montes

Nestes últimos 20 anos, a província de Trás-os-Montes tem sido activada por vários agentes de mobilidade, dos quais o aeronáutico, aparece com grande realce.
De facto, os aeródromos de VILA REAL, Bragança, Mogadouro, Mirandela, e mais tarde o da Chã em Alijó passaram a ter uma visibilidade no desenvolvimento dos transportes na Região.
É evidente, que os aeródromos de VILA REAL e Bragança aparecem no topo do que acima afirmamos principalmente com as carreiras aéreas diárias Lisboa - Viseu - Vila-Real e mais tarde com o prolongamento para Portimão saindo do aeroporto secundário de Tires, Cascais.
Nesta data em que escrevemos o aeródromo de Vila-Real continua inoperativo para aeronaves de asa fixa, só para helicópteros.
Quem se quiser deslocar de VILA REAL para Lisboa, terá que ir a Bragança sem outra alternativa.
Parece, segundo alguma informação regional, que o Município de VILA REAL, está a tentar resolver o problema do abaixamento da pista do aeródromo, com a maior brevidade.
Julgamos que inerente a todo o processo de reactivação do aeródromo por ser uma obra de grande projecção, deveria o Município Vilarealense aproveitar a situação para equacionar o aumento da actual pista em 600 ou 800 metros. Este desígnio tem sido ao longo de décadas a nossa intenção e no tempo do Dr. Manuel Martins, que nada fez sobre isto, só o Senhor Machado e o Dr. Varela, é que com visão à distância apoiaram esta nossa posição conseguindo eles o Plano Director do Aeródromo que, pensamos ainda estar actualizado.
É natural que face à enormes solicitações em termos de ocupação da área do aeródromo, o já referido Plano Director necessite de alguns ajustes como, por exemplo, a verificação dos ventos dominantes com a pista e outros que a ANAM, Autoridade competente poderá definir.
Ainda e dentro da mobilidade em Trás-os-Montes, estamos em época de eleições e alguns políticos estão a acenar com a reactivação das linhas férreas encerradas sem quaisquer razões. Até falam em ligações das capitais de distrito, Vila-Real e Bragança esquecendo que ainda têm os carris das linhas Corgo e Tua e é só limpá-las e pô-las operativas para o normal funcionamento dos comboios.
Realmente, no caso da linha do Tua, foi uma vergonha ter sido inundada para a construção da barragem que depois foi vendida. Esta linha férrea era um ex-libris do transporte ferroviário a nível mundial.
Isto neste país é assim, e pelos vistos continua. Só promessas. Realidades só quando ele quiserem.

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