Transmontanos não procuram mediação extrajudicial e desconhecem a sua existência
Há falta de adesão dos cidadãos à mediação, uma opção extrajudicial para resolução de litígios, que ainda é pouco conhecida pelos portugueses, nomeadamente pelos transmontanos. Segundo a listagem da Federação Nacional de Mediação de Conflitos (FNMC), a que o Mensageiro teve acesso, no distrito de Bragança a mediação apenas é feita por uma advogada de Macedo de Cavaleiros, que admitiu não ter “grande procura, sobretudo, por desconhecimento do serviço”, afirmou Anabela Afonso.
Num país em que são constantes as queixas sobre a lentidão da Justiça, na prática constata-se que também não se procuram as alternativas disponíveis existentes, como a mediação e os julgados de paz. “Mais do que mediar conflitos, a mediação aproxima as partes em disputa”, explica a Federação que também reconhece que o serviço carece de maior divulgação.
O mediador, que trabalha imparcialmente tenta que as partes cheguem, por si mesmas, a um acordo. “Os bons resultados vêm por arrasto e, muitas vezes, as sessões de mediação acabam por reaproximar pessoas e sanar conflitos antigos”, acrescenta a FNMC.