Governo manda estudar possibilidade de ferrovia passar por Bragança, Câmara congratula-se

O Conselho de Ministros, reunido esta quarta-feira, aprovou o Plano Nacional Ferroviário e determinou à Infraestruturas de Portugal, S. A., a avaliação de investimentos ferroviários prioritários.

De acordo com a informação divulgada, foi incluído o estudo de uma eventual Linha Ferroviária de Trás-os-Montes, com ligação Bragança-Porto, e da Ligação Transfronteiriça Bragança-Zamora (Espanha).

Este projeto prevê ligar Bragança à Campanhã, no Porto, em duas horas de viagem e com oito paragens, passando também por Vila Real.

"Apenas com a construção de uma nova linha de caminho-de-ferro se poderá criar uma solução de acessibilidade eficaz. A hipótese considerada para este Plano assume a construção de uma linha nova com uma velocidade de projeto de 160 km/h, podendo ter alguns troços a 200 km/h, onde tal não implique um sobrecusto significativo", lê-se no documento.

A Câmara de Bragança, em comunicado, veio congratular-se com este anúncio.

"É com grande satisfação que vemos reconhecidas as reivindicações do Município e das várias entidades e forças vivas da região. Bragança está finalmente inscrita, oficialmente, nos planos da ferrovia nacional para o futuro, com indicações para o início efetivo de estudos ordenados pelo governo às entidades responsáveis. Esta avaliação técnica que apoiará a decisão final poderá, espero, sustentar e viabilizar a solução que defendemos e isso é um passo importante no reconhecimento das legítimas aspirações do interior no desenho das políticas públicas do País”, afirmou Paulo Xavier, sublinhando que "a ferrovia é uma solução prioritária para superar a condição de isolamento de Trás-os-Montes”, lê-se no comunicado da autarquia.

“Investir em infraestruturas, numa região que foi a primeira a perder a ferrovia e a última a receber alguns metros de autoestrada, é investir na coesão territorial, no bem-estar das populações e no futuro de Portugal", lê-se ainda.

Segundo o município, a inclusão de Bragança neste documento estratégico para a ferrovia nacional apresenta-se como um momento de grande relevância para todo o território transmontano, e, em particular, para o concelho brigantino, que desde 1992 se encontra desligado da rede ferroviária nacional.