Medo
A passagem de um ano para o outro para além das mundanidades, da farândola festiva e amenidades quantas vezes eivadas de hipocrisia, obriga os incomodados com eles próprios a fazerem o balanço do passado e perspectivar o futuro. Do ouvido, lido, respigado e conversado retiro a palavra medo. Não o medo aos medos da minha meninice que surgiam nas encruzilhadas, nos locais ermos, nas travessas esconsas onde os meninos não deviam ir, nem de noite, nem de dia, muito menos à hora do meio-dia.