A opinião de ...

De novo, e sempre, a problemática da gestão da água

Finalmente, é já não era sem tempo que tal acontecesse, o mundo parece ter acordado para situação crítica, altamente preocupante que, a muito curto prazo, se perspetiva para a sustentação dos recursos hídricos, vitais para a manutenção da vida e para a sobrevivência do próprio planeta, que se arrasta há demasiado tempo, sem que pouco, ou mesmo nada, se tenha feito para a reverter.
Ao contrário de tudo o que se possa pensar, a preocupação com a grave a crise da falta de água que se divisa num horizonte próximo, em qualidade e quantidade suficientes para garantir a vida à superfície da terra e o futuro do próprio planeta não é de agora, a qual, de acordo com o que se subentende das mensagens, trazias até nós pela tradição oral, através dos muitos provérbios que a ela se referem, se vem agravando em quase todo o planeta a um ritmo altamente preocupante.
A título de mera curiosidade, convido os leitores interessados para, no remanso, na calma e na magia das intermináveis noites desta época, dedicarem alguns momentos dos seus serões para uma viagem curta, simples, despretensiosa e muito longe de ser exaustiva, ao mundo de alguns provérbios que coligi, relacionados, direta ou indiretamente, com a viagem e a vida da água, desde a sua queda das nuvens até à chegada ao mar.
-A mesma água não passa duas vezes debaixo da mesma da ponte.
- A gente só se lembra de Santa Bárbara quando troveja.
-Águas passadas não movem moinhos.
-Janeiro frio e molhado, enche a tulha e farta o gado.
-Água de fevereiro enche o celeiro.
-Março marçagão, de manhã inverno e de tarde verão.
-Águas de abril, quantas mais puderem vir.
-Junho chuvoso, ano perigoso.
-Chuva de Julho, que não faça barulho.
-Chuva de agosto, enche o tonel de mosto.
-Setembro seca as fontes ou enche ribeiros e pontes.
-Água de janeiro, mata o enzoneiro.
-Água de verão,da palha faz pão.
-Quem não poupa água nem lenha, não poupa nada que tenha.
-Nevoa ao alto água abaixo, céu escavado, chão molhado.
-Se tens vento e depois água, deixa andar que não faz mágoa.
-A água do rio, corre sempre para o mar.
-Ninguém diga que desta água não beberei.
-Água mole empedra dura, tanto dá até que fura.
-Água corrente, não faz mal à gente.
-Água e conselho, só se dão a quem os perde.
-Águas verdadeiras, pelo S. Mateus as primeiras.
-Água da fonte é muita, mas também se acaba.
-A água lava tudo, menos a má língua.
-A água bate na rocha e quem sofre é o mexilhão.
-Todos os rios correm para o mar.

Edição
4014

Assinaturas MDB