Pequenos empresários exigem medidas urgentes para salvar o comércio encerrado por causa da pandemia

Os pequenos empresários ponderam avançar com uma queixa contra o Estado por danos, face aos enormes prejuízos provocados pelo encerramento devido aos dois confinamentos de 2020 e 2021, determinados para prevenção da propagação do novo coronavírus.
Entretanto, no concelho de Bragança, os empresários mobilizaram-se para recolher assinaturas num abaixo-assinado a enviar ao governo onde exigem a reposição dos valores perdidos na faturação por estarem de portas fechadas desde janeiro. “Que se faça um cálculo, em função do volume de faturação, sem exigir os critérios que exigem agora, porque basta não cumprir um para que não possamos concorrer, seja o Apoiar + ou o Apoiar 5. Exigem critérios que 80% das empresas não consegue cumprir, como o ano de 2019 com lucros, declaração de não dívida às Finanças e à Segurança Social, garantia de não despedimento de funcionários. Basta não cumprir um, para já não se conseguir ter acesso aos apoios”, enumerou Manuel Miranda, empresário do setor da restauração em Bragança.
Os comerciantes, como cabeleireiros, barbeiros, restaurantes, lojas de vestuário e calçado, entre outras, reivindicam ajudas por estarem encerrados por determinação alheia à sua vontade. “Não estamos a ser compensados financeiramente pelos prejuízos que estamos a ter. Ainda que o layoff esteja a minimizar as perdas, não é suficiente. Há outras despesas, como a da eletricidade, Segurança Social, à autoridade Tributária, entre outras. Estamos sem qualquer lucro. Estamos a zero”, esclareceu Manuel Miranda.