Nordeste Transmontano

Seis projetos de 1,4 milhões de euros querem estudar Montesinho a fundo e atrair mais gente para a região

Publicado por António G. Rodrigues em Qui, 2021-07-29 12:20

São seis os projetos que pretendem revolucionar o conhecimento do Parque Nacional de Montesinho, com um financiamento global de 1,4 milhões de euros.
A apresentação decorreu num evento "imersivo na natureza", segundo explicou o presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Orlando Rodrigues, que consistiu numa caminhada entre Riomanzanas (em Espanha) e Rio de Onor (em Bragança).
"Foi um processo aberto, competitivo, ao qual concorreram projetos de todo o país. Foram selecionados seis por um painel internacional. Têm todos a ver com a valorização do território através da ciência e do conhecimento científico", explicou Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e um dos participantes, juntamente com Sobrinho Teixeira, Secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior e Isabel Ferreira, Secretária de Estado da Valorização do Interior.

Os projetos estão sob a alçada da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a sua presidente, Helena Pereira, explicou que " só com conhecimento sobre as coisas, nas suas várias vertentes, é que podemos inovar, aproveitar, valorizar o conhecimento e a última ideia é que isto fique muito mais valorizado para benefício de toda a sociedade”.

Dois dos seis projetos são de investigadores do IPB, nomeadamente um sobre o aproveitamento de cogumelos (de Carla Pereira e Lilian Barros) e outro sobre Pastorícia (de Marina Castro e Amélia Moreira) mas há outro para o estudo dos carvalhos de Montesinho (Instituto Superior de Agronomia de Lisboa), outro sobre o potencial terapêutico do mel de Montesinho (UTAD), outro que é um observatório da biodiversidade de Montesinho (Universidade do Porto) e, por fim, um sobre a reabilitação do património arquitetónico (Universidade do Minho).

"Sobretudo, traz pessoas e reconhecimento. Trazer investigadores para aqui dá origem a novo conhecimento e pode ajudar a desenvolver produtos mas, também, ao desenvolvimento de um turismo saudável", frisou o Ministro Manuel Heitor.

O governante lembrou que "esta estratégia passa por ocupar o território com mais conhecimento, trazendo pessoas diferentes".

"Quanto mais o IPB e as equipas dos investigadores estudarem Montesinho, é uma mais valia para Bragança e o território", concluiu.

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