Autárquicas'25

Paulo Pinto vai liderar coligação PSD, CDS e IL à câmara de Mirandela

Publicado por Fernando Pires em Seg, 05/26/2025 - 12:26

“Sou candidato à Câmara Municipal de Mirandela pela coligação PSD, CDS e IL”, assumiu Paulo Pinto, sexta-feira à noite, após a formalização do acordo de coligação assinado pelos representantes das três comissões políticas concelhias de Mirandela e testemunhado por vários militantes e simpatizantes, que marcaram presença na apresentação pública desta coligação inédita no concelho, no auditório do Museu da Oliveira e do Azeite.

O líder da concelhia do PSD, que nas autárquicas de 2021 foi cabeça de lista à Assembleia Municipal, justifica este acordo com a necessidade de Mirandela “ter um projeto aglutinador, motivador e inclusivo” que congregue “uma mistura de experiência e de energia renovada” para apresentar novas ideias. Paulo Pinto considera que é “uma conjugação de esforços. Estamos a falar de dois partidos muito experientes, o PSD e o CDS-PP, e agora a Iniciativa Liberal, que traz também gente nova, que quer participar no desenvolvimento do concelho, para satisfazer os anseios e as preocupações dos mirandelenses”, sustenta.
O candidato da coligação, que já tem o slogan “Todos por Mirandela”, acredita na vitória nas autárquicas deste ano, por entender que Mirandela precisa de mudar.

“Mirandela está parada, não tem obras, nem iniciativas, nem projetos”, refere. “Há aqui uma falência por parte do executivo que não conseguiu manter a atividade suficiente para que o dia-a-dia de Mirandela continue a pulsar como já pulsou no passado. E esta coligação tem audácia e quer concretizar alguns projetos diferenciadores”, acrescenta Paulo Pinto, remetendo para mais tarde a apresentação das linhas programáticas da candidatura.

Já Hernâni Moutinho, histórico militante do CDS que até já foi deputado da Assembleia da República pelo distrito de Bragança, saúda este acordo de coligação. “Já houve, em tempos várias tentativas de fazer uma coligação, mas que foram sempre frustradas, porque as pessoas normalmente tinham mais em conta os seus interesses pessoais do que propriamente os interesses de Mirandela e dos mirandelenses. Desta vez isso foi possível”, diz.

O atual vice-presidente da concelhia do CDS – partido que já foi poder em Mirandela, em 1976 (Maximino Monteiro) e 1989 (José Gama) – considera de “vital importância” este acordo, “para criar um conjunto mais alargado de pessoas e de quadros para fazer por Mirandela aquilo que precisa, porque o concelho está um caos autêntico”, diz.

E Hernâni Moutinho dá um exemplo: “Ninguém é contratado por mérito. São todos filiados no Partido. E os serviços são isto que se vê”, conta.

O Coordenador do Núcleo concelhio de Mirandela da Iniciativa liberal (IL) diz ter aceitado integrar esta coligação por cumprir três critérios essenciais: “Em primeiro lugar, tínhamos que garantir que era uma coligação em que nós acreditávamos em que era possível ter medidas liberais para o concelho. Depois, tinha que ser uma candidatura ganhadora e nós acreditamos que, com estes três partidos, com a equipa que estamos a reunir, tem todas as condições para ser uma candidatura ganhadora já nas próximas autárquicas. E o terceiro ponto é a pessoa principal, aquele que será o cabeça de lista à Câmara Municipal, que já toda a gente sabe que é o professor Paulo Pinto, tinha que ser uma pessoa que cumprisse os nossos critérios de idoneidade, uma pessoa em quem nós confiamos, em quem nós acreditamos que será a pessoa certa para estar à frente dos destinos de Mirandela e, obviamente, também cumpre com esse requisito”, refere Tiago Morais.

O primeiro subscritor desta coligação é José Silvano. O ex-presidente da câmara de Mirandela (durante 16 anos) vê nesta candidatura um projeto “com argumentos para vencer”. Silvano diz mesmo que a coligação representa um corte com o passado. “Já sou do tempo em que as guerras eram entre PSD e CDS e ver que agora está tudo pacificado e em coligação dá-me um certo prazer e, por isso, subscrevo, com toda a honestidade, esta coligação”, acrescenta.

O ex-autarca social-democrata diz que o próprio slogan da candidatura tem um significado especial e pisca o olho aos independentes, deixando um desafio:” “Quando vamos para eleições autárquicas, pedimos aos mirandelenses que deixem lá os partidos políticos e votem por Mirandela. Ora, o lema Todos por Mirandela é também um desafio que faço aqui hoje porque não esses cidadãos independentes em vez de perderem tempo a fazer listas independentes não se juntam a esta coligação e estamos disponíveis para receber toda a gente”.

A cerimónia pública serviu apenas para dar a conhecer a coligação “Todos por Mirandela” - que vai concorrer à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia – mas ainda sem revelar quem serão os candidatos (com exceção do cabeça de lista à Câmara). O próprio José Silvano ainda não confirma se vai liderar a coligação à Assembleia Municipal. “Em junho tomo a decisão”, diz.

A cerca de quatro meses das eleições autárquicas, são já conhecidos cinco candidatos a presidente da Câmara de Mirandela: Luís Saraiva (Chega), Vera Correia (CDU), Vítor Correia (PS), Duarte Travanca (Independente) e Paulo Pinto (coligação PSD/CDS/IL).

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