Nordeste Transmontano

CIM preocupada com encerramento do bloco de partos da ULS e quer encontro com novo ministro

Publicado por AGR em Qui, 2022-09-22 11:00

Os nove autarcas da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes mostram-se “preocupados” com os encerramentos esporádicos do bloco de partos de Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULS), em Bragança, que têm acontecido nos últimos meses.
O mais recente foi ao longo da semana passada.

“O Conselho Intermunicipal da CIM das Terras de Trás-os-Montes reuniu com responsáveis da Unidade Local de Saúde do Nordeste, durante a tarde de [quarta-feira]. Em cima da mesa esteve o funcionamento do serviço de obstetrícia/ginecologia do Hospital de Bragança e os constrangimentos que conduziram ao encerramento temporário do Bloco de Partos. Este órgão, que reúne os Presidentes de Câmara de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais, está preocupado com esta situação, e com as consequências que este encerramento, apesar de temporário, acarreta para a população”, lê-se, no comunicado enviado pela CIM às redações.

Ainda de acordo com o mesmo documento, nesta reunião, a ULS garantiu a reabertura do Bloco na passada sexta-feira, “após três dias fechado, e que esta situação se deveu à baixa médica de uma especialista, que condicionou o serviço”. “Na altura, foi também garantido que tal está a afetar apenas o Bloco de Partos, mantendo-se em funcionamento o Serviço de Urgência Obstétrica/Ginecológica”, acrescenta o documento.

A CIM das Terras de Trás-os-Montes atendendo à extrema necessidade e importância desta valência, entende que esta tem que estar sempre em pleno funcionamento, “até porque é o único Bloco de Partos existente no território, não havendo qualquer outra oferta pública ou privada”, frisa a Comunidade Intermunicipal, que reúne as autarquias de Bragança, Vinhais, Vimioso, Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Alfândega da Fé, Mogadouro e Vila Flor.

A CIM recorda que já no início do ano, quando o Mensageiro revelou, pela primeira vez, que estavam a ser sentidos constrangimentos nesta especialidade da ULS, solicitou uma reunião com a então Ministra da Saúde, Marta Temido, “que nunca aconteceu”.

“São públicos os condicionalismos que a falta de profissionais tem vindo a gerar no Serviço de Obstetrícia e Genecologia do Hospital de Bragança. Tal já conduziu a CIM das Terras de Trás-os-Montes, no início do ano, a tomar posição pública e solicitar uma reunião com carácter de urgência à então Ministra da Saúde. A audiência nunca chegou a acontecer e o Conselho Intermunicipal deliberou, dia 14], reiterar o pedido ao Novo Ministro da Saúde com o objetivo debater soluções para este e outros problemas do setor no território”, conclui o documento.

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