Adriano Moreira

O BRASIL E O DESAFIO DOS EMERGENTES

Foi em 2001, na entrada de um milénio em que todos os conceitos políticos económicos vigentes eram desafiados pela realidade global em mudança, que James O’Neill, investigador do famoso Banco Goldman Sachs, escreveu um artigo intitulado “Building Better Global Economic Brics”, e esta expressão passou a designar “quatro grandes economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China”.


O Papa Francisco

A coragem, apoiada na experiência e iluminada pela fé, é exemplar no Papa que escolheu chamar-se Francisco, juntando à firmeza religiosa dos jesuítas a bondade dos franciscanos. Esperança de que o já anunciado Novo Concilio possa encontrar meios de remediar os males do mundo que afetam a Curia e em consequência a Igreja em geral. Não posso deixar de lembrar Frei Bartolomeu dos Mártires, o nosso Arcebispo Nortenho que contemporâneos consideraram a voz mais autorizada do Concílio de Trento.


Sobre a crise

A crise económica e financeira ameaça agravar o Outono Ocidental em que nos precipitaram governos afastados das necessidades dos povos que lhes aconteceu governar. Um dos acontecimentos mais inquietantes dos crescentes cortes de confiança entre os governos, que também neste domínio sofrem os contágios da globalização, foi a surpreendente revelação de Wikileaks ao tornar públicas as tensões entre os Estados e os atores da Web, como ali evidenciaram Thomas Gomart e Julíen Nocetti, embora o conflito possa ser definido invertendo a ordem dos envolvidos.


A GUERRA NESTE TEMPO GLOBAL

É impossível tratar da guerra no espaço europeu, especialmente neste tempo breve que são os séculos XX e XXI, ocupando-nos de cada um dos conflitos que enchem a história destes dois séculos. É apenas fragilmente possível tratar de caraterizar os tipos de guerra que se desenvolveram, e para isso tentar fixar conceitos operacionais. Neste caso para verificar a caducidade de alguns, a incerteza de outros quanto aos contornos e motivações, e ainda a diferença de valorações de que o fenómeno da guerra é objeto, de acordo com as circunstâncias.


O preço do equívoco

Uma interrogação que vai crescendo de importância nas meditações dos analistas é a de saber se o Estado ainda é a invenção apropriada para governar as sociedades. De facto o núcleo da inquietação é talvez o da redefinição da soberania, salvando-se a palavra para cobrir uma nova composição do poder efetivo, da sua graduação relativa, e da relação com organismos supraestaduais.


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