A associação Vale D`Ouro propôs e defendeu uma ligação ferroviária entre Porto – Vila Real – Bragança – Zamora como melhor valia para as ligações entre Lisboa-Porto Valladolid – Madrid. Curiosamente, o PS Bragança, em Assembleia Municipal recente, não subscreveu positivamente o projecto.
A opinião de ...
No dia seis do mês em curso, às 14 e 27, recebi um telefonema a mando do Dr. Roberto Afonso, a perguntar se tinha recebido convite para participar na inauguração da Feira do Fumeiro de Vinhais. A senhora encarregue de transmitir a mensagem, Dona Marlene, teve o cuidado de ler o meu endereço electrónico, verificando-se existir um erro. À primeira vista está explicada a omissão. No entanto, parece-me ser ligeira qual milhafre a planar sobre um rebanho com inocentes cordeiros à espera de um descuido do pastor para arrebatar um pelos ares.
Apesar de ter mais de sessenta anos, tenho saudades do tempo em que o professor primário (sobretudo as professoras, pois estas eram em maior número) era, a par do senhor padre, das pessoas mais consideradas na aldeia, na vila, ou mesmo na cidade. E isto devia-se a muitas razões, à nobreza da sua profissão, ao prestígio da sua missão social, ao carinho que dedicavam aos seus alunos, mas sobretudo à sua entrega, ao trabalho e empenho que punham no ensino. Os alunos saiam da escola dita “primária” a saber.
Após alguns bancos terem informado os consumidores que iriam para “lista negra” o supervisor bancário veio esclarecer que do processo de renegociar o crédito à habitação não decorre “qualquer marcação específica na Central de Responsabilidades de Crédito (CRC)”.
A divulgação do relatório publicado esta semana sobre abusos sexuais na Igreja Católica tem sido olhado sobre diversos prismas mas resulta, acima de tudo, num passo em frente da própria Igreja.
No entanto, é preciso não embarcar num exercício de apedrejamento público da instituição, pois o que ressalta é que não se pode, em caso algum, tomar a parte, por mais pequena que ela seja, pelo todo.
Este relatório deve servir para uma reflexão da sociedade e própria Igreja sobre os mecanismos que existem ou não existem e devem ser criados para a proteção dos seus.
O Regicídio, delineado por republicanos, maçons e monárquicos dissidentes, apoiados no obscuro braço da Alta Venda carbonária, consumou o assassinato de el-Rei D. Carlos (44 anos) e do Príncipe D. Luís Filipe (20 anos), a 1 de fevereiro de 1908, no Terreiro do Paço em Lisboa. Das quatro entidades régias presentes no landau, a rainha D. Amélia e o infante D.
Era bom, era, mas onde é que isso já vai!
Agora que, com o rolar dos tempos, com raras e louváveis exceções, como o reavivado Carnaval de Carção, o cada vez mais concorrido Carnaval Chocalheiro de Podence e tantas outras realizações populares das nossas terras transmontanas, o Entrudo perdeu a magia e o encanto das coisas simples, genuínas e espontâneas de outrora, nascidas da vivência, dos hábitos e das rotinas diárias das nossas comunidades locais.
Estavamos em setembro de 1959, data em que começamos a utilizar a linha do corgo , que principiava na Régua e seguia por VilaReal , passando por todas as localidades até a cidade de chaves .
Era sem dúvida o melhor meio de transporte colectivo que ligava a linha do Douro na Régua até Campanhã no Porto , onde era fácil conseguir para Lisboa , as ligações necessárias e também para todos os distritos a Norte da cidade do Porto .
Esta pergunta é o resultado de uma caminhada com os crismandos da minha amada Paróquia e que tive a felicidade e a graça de os poder acompanhar nesta belíssima e inaudita viagem pelos trilhos da Fé. Naturalmente, a questão da oração e de que tudo isto significa impôs-se-nos. Daí a pergunta: o que significa rezar? Telegraficamente, rezar é viver diante de Deus. E, como tal, rezar não é um acto, mas uma atitude.
A Comissão Europeia aprovou, em 15 de dezembro de 2022, a totalidade dos 12 Programas que constituem o Portugal 2030 e que vão mobilizar um total de 23 mil milhões de euros para projetos que visem o desenvolvimento do país, um desenvolvimento assente nas empresas e na economia, nas pessoas, na sustentabilidade e no território.
Retiro do Expresso 50, de 25 de Janeiro - 2023, a frase: «A violência e a discriminação contra mulheres estão presentes em várias esferas da sociedade, e a política não é exceção». Isto, a propósito das ameaças contra a primeira-ministra da Nova Zelândia, que renunciou ao cargo. Estamos perante um problema estudado, debatido e escrito segundo diversas abordagens, mas sem vislumbre de resolução. O que se passa neste nosso Universo Humano? Várias obras nos dão conta, por exemplo: (i) “Humilhação e Glória” de Helena Vasconcelos (HV), Quetzal, 2012.
Restauração, hotelaria, construção civil, agricultura, comércio e retalho, oficinas e fábricas, são exemplos, entre outros, onde muitos responsáveis se queixam que não há pessoas para trabalhar.
Apesar de Portugal se ter voltado para o setor do comércio e serviços, 72% dos empregos, contra 25% do setor secundário e 3% no setor primário, existe falta de mão de obra praticamente em todos eles.
Imagine-se que até no sistema de ensino isto já se verifica acentuadamente e é um problema que veio para ficar!
Em 1973 líamos o novíssimo Expresso que o Alcides trazia para o Chave D’Ouro, a embrulhar “A Funda” do Artur Portela Filho, comprávamos na Mário Péricles livros “raros” que partilhávamos, emocionávamo-nos com “O Lodo e as Estrelas” do padre Ferraz e ouvíamos, em ambiente reservado, Zeca e Adriano. No Liceu, calhou-nos em sorte, como professor de Religião e Moral, o padre Ferreira de quem se diria, mais tarde, ter em igual consideração e de leitura diária a Bíblia e o Capital de Karl Marx.
A causa pública passa pela defesa da ‘coisa’ [ou cousa, como se dizia por estas terras] pública, ou seja, aquilo que é de todos nós.
E, em muitos casos, não é isso que se vê por parte de quem é mandatado pelo povo para governar o todo em nome de todos.
Nesta edição, apontamos duas situações em que a coisa pública tem sido ‘esquecida’ [para ser simpático].
QUESTÃO:-“…antes da entrega da declaração do I.R.S no decurso do corrente ano, respeitante aos rendimentos obtidos ou colocados à disposição em 2022, é importante elencar algumas obrigações a cumprir por parte dos contribuintes.…”
1789, ano um da revolução liberal, que definiu a trilogia Liberdade-Igualdade-Fraternidade e a Declaração Universal dos Direitos do Homem, descambando numa das épocas mais intolerantes, restritivas e sangrentas.
Perdoar-me-ão puxar pelos poucos galões que tenho, mas sou já um sénior nas andanças da produção, transformação e comercialização de carnes no Nordeste Transmontano: Começarei por enumerá-los: Terminei o curso de Medicina Veterinária em 1981, já na perspectiva de vir a trabalhar no matadouro do Cachão, para onde tinha sido convidado um par de anos antes. A missão era colaborar na construção do Matadouro e nos seus projectos paralelos e estes eram muitos, vinham já de um tempo anterior, onde a organização e modernização da produção eram a prioridade.
Primeiro a pandemia. Depois a invasão da Ucrânia pela Rússia, a guerra e os seus efeitos. A inflação, a crise energética, a subida do custo de bens essenciais, o aumento da prestação do empréstimo à habitação e outros problemas afins ocupam a nossa atenção. Com as preocupações imediatas, é natural que a qualidade da democracia não seja uma prioridade. É, porém, a democracia que nos confere direitos fundamentais, nos garante o acesso à educação, à saúde, à segurança social e nos protege de discriminações, perseguições e abusos.
A pergunta que por estes dias muitos de nós vimos fazendo é, porque é que não há uma Feira, como grande evento, em Bragança.
O Dicionário define “evento” como “acontecimento, ocorrência, sucesso”, isto é, algo que causa impacto e é relevante.
Como tal, um evento para ser relevante deve proporcionar algo de novo a quem o vai consumir e, por isso, ser criativo. No caso de Feira, esta deve ser direcionada para segmentos específicos, constituindo-se como uma oportunidade de contatar com possíveis clientes e parceiros e ainda de demonstração dos produtos/serviços.
Um imperativo: ler. Deem-me, caros leitores, duas razões para que esta conversa sobre o ler, aqui, no “nosso” Mensageiro, faça sentido. Sim, ‘Mensageiro’ significa – conforme o Dicionário Priberam – “pessoa que leva uma mensagem”, explicitando mais à frente: “anunciador, precursor, pressagiador”. Prefiro, ao caso, precursor. É quem vai adiante e percorre as nossas vidas, o nosso meio, e deambula, e passeia, e assinala, e critica, na busca incessante de despertar-nos para algum facto, alguma personagem, uma realidade neste e naquele recanto da nossa Terra.