O senhor Joaquim… (nome fictício) ficou em grande desassossego; foi atualizar a sua caderneta numa caixa MB e, para seu espanto, a sua conta bancária, que sempre fora anãzita, tinha crescido alguns dígitos, ou uns largos cifrões, dito à moda antiga. Desconfiado de tanta fartura, ficou caladinho à espera de informações ou de que alguém o contactasse.
A opinião de ...
Ultimamente, quando se fala da Alemanha vem-nos logo à lembrança a sr.ª Merkel e o seu alter-ego para as finanças o inefável Schäuble. Contudo há uma realidade almã muito rica e diversa para lá da liderança europeia e da política financeira do motor económico da Europa. Foi este o tema do Fórum Portugal-Alemanha do fim de Maio passado: trazer à colação outros temas ou outras visões sobre os temas tradicionais.
Os assuntos dominantes nos últimos tempos têm sido a recuperação da economia, a crise demográfica e a crise do financiamento da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações. Curiosamente, o emprego para os jovens continua a ser esquecido e, como veremos, ele deveria ser o principal objecto de preocupações de longo prazo porque, sem esse emprego, não haverá Estado Social. Percorramos um pouco estes quatro tópicos.
Os últimos tempos têm sido ricos de brutalidades que a comunicação social nos vem fazendo chegar de forma pouco menos (ou pouco mais) do que insensata, fria e crua. O direito à informação não tolera tudo. E até estou certo de que o excesso dela, variada e repetida, gera repetição daquilo que nos transporta. A violência que escancara, ausente de qualquer gesto censório, impulsiona os menos preparados e mais frágeis para a imitação do que lêem e do que vêem em imagens sofregamente marteladas.
É vox populi que “as pessoas têm memória curta”. O antídoto para este mal é lembrar, chamar a atenção, repetir, as vezes necessárias, aquilo que é importante. Há quem tenha falhas de memória e, reconhecendo-o, recorra a estratégias simples para evitar esquecer o que realmente importa, seja da vida pessoal seja da vida coletiva. Mas há também quem, intencionalmente, se esforce por esquecer (e fazer esquecer) o que não lhe agrada.
Nasceu no Rio de Janeiro. Tamanina passou a viver em Sobreiro de Cima, de onde eram. As exigências educacionais levaram a sua Mãe a trazê-la com as irmãs para Bragança. Teria nove anos quando a vi a primeira vez. Fiquei extasiado ante a sua beleza, primacialmente, com os olhos impregnados de um intenso azul-cobalto. Morava nos Batoques. A via familiar dava-me o ensejo de a ouvir amiúde, sorrateiramente, de a contemplar. Finalizado o Liceu perdi a luminosidade do seu olhar pois rumou até Coimbra, ali se licenciou em direito.
A caminho de uma aldeia transmontana tradicional, mas peculiar. Vê-se de longe pois que adormecida entre montanhas. Na rota do Sabor, por uma das estradas possíveis, através de uma nesga oferta da natureza, vislumbro uma pedra preciosa encravada nos verdes multicores, pinceladas de um génio que era uma vez por ali passou.
Recentemente estive com alguns amigos numa tertúlia na cidade de Valladolid. Apesar de se tratar de uma das cidades supostamente mais inteligentes de Espanha e até da Europa, encontrei apreensão e pessimismo em alguns cidadãos, entre eles arquitetos, jornalistas, engenheiros informáticos, engenheiros industriais, designers, ambientalistas, consultores, etc. No fundo, uma palete variada de cores e elementos que formam as atuais “Smart Cities”.
Diabo - Nun hai einfierno.
Bruxa - Hai einfierno hai.
- Nun hai.
- Hai.
A.B.A., Cuntas de la Tierra de las Faias
No dia a dia, somos confrontados por múltiplas atitudes, desabafos, formas de ser, sentir, estar e querer. Ouvimos apelos à liberdade, à solidariedade, à serenidade, à honestidade, à partilha e à justiça, ao cumprimento dos direitos, mas sendo esquecidos, muitas vezes, os deveres mais elementares.
Neste contexto, importa refletirmos sobre a forma como nos colocamos em relação à sociedade e ao modo como reivindicamos tantas coisas, tantas mudanças por fora, e nos esquecemos de mudar por dentro, arrumando o nosso interior.
QUESTÃO:-“ …ouvi falar no regime forfetário para pequenos agricultores. Também me disseram que se poderia recuperar o IVA. Como funciona esse regime?…”
Alexandros Athanasiadis deixou a sua querida Grécia há uma boa dúzia de anos para vir desenvolver a sua atividade de investigação em cristalografia no Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa. Estando longe de casa não deixa de seguir atenta e preocupadamente a situação grega. Tive o privilégio de partilhar ideias com ele na hora de almoço. Apesar das grandes diferenças, sobretudo ideológicas, que nos separam, facilmente chegámos a conclusões comuns.
Um dos grandes problemas de Portugal, e de muitos outros países, é o desemprego. O desemprego quando associado à falta de condições para se poder ter uma vida digna, ainda é mais grave. Esta situação é preocupante em todas as idades, mas é particularmente grave quando atinge jovens a quem nunca foi dada a possibilidade de exercerem uma profissão.
O final da tarde do dia 17 de Maio de 2015, em Guimarães, que devia ser de celebração para os benfiquistas, pela merecida conquista do bicampeonato, deu naquilo que o país assistiu, até à exaustão, através das imagens televisivas: um Subcomissário do Corpo de Intervenção da PSP, usando a força “desproporcionada”, agrediu à bastonada um cidadão à saída do estádio D. Afonso Henriques, palco do escaldante Guimarães – Benfica.
Possuindo o Reino Unido uma das mais antigas e consolidadas democracias parlamentares do mundo, é um privilégio para um normal cidadão e especialmente para um parlamentar poder acompanhar um processo eleitoral como observador.
Tive eu esse privilégio, no passado dia 7 de maio, em representação da Assembleia da República, o único representante, aliás.
Dada a velocidade da mediática atual, somos, constantemente, bombardeados com notícias, relatos, reportagens, dos mais variados lugares do mundo, sustentadas nos casos mais insólitos.
Do alto da sua ignorância completa na substância em causa, produziu a meritíssima a sua proposição, como se da virtualidade de qualquer dogma se tratasse. Para si, e reproduzi-o já as vezes que o dei por pertinente, os filhos pertencem às mães, por força da mãe natureza. Porventura, daí a entrega, à mãe e de mão beijada, do poder paternal, que não das responsabilidades parentais, relativamente às crianças. À mãe, farinha do mesmo saco da douta, em termos profissionais, haverá de ter dado jeito que assim fosse, qualquer poder mais bem-vindo que quaisquer responsabilidades.
Comemorou-se no passado fim de semana mais um dia da família. Ao menos, a comemoração do seu dia relembra-nos a existência da célula social que está na origem e no desenvolvimento do ser humano, tanto do ponto de vista biológico como do ponto de vista económico como ainda dos pontos de vista social e cultural.
Habituei-me, penso que todos nos habituamos, ao desfile televisivo de muitas caras que Abril nos deu a conhecer. Há cerca de quarenta anos foram-nos apresentados, pelos partidos com ânsias de poder, como jovens promissores. Ganharam, com o andar dos tempos, foros de importância, poses de Estado, ares circunspectos, fachadas de sapiência, faces luzidias, vestimentas a preceito, auréolas de capacidades.
Se l cuco nun benir antre Márcio i Abril, ou l cuco ye muorto ou la fin quier benir.
Adaige mirandés
La lhéngua i la cultura son partes d’un todo. Nó a puntos de cuntenéren ou cunfurmáren ua maneira sola de ber l mundo, cumo se chegou a suponer, mas porque la lhéngua ye criadora dessa cultura.