“O futuro a Deus pertence, mas o sucesso trabalhamos para ele.”
Ao serviço do Águia FC Vimioso, no Campeonato de Portugal, André Reis mostrou qualidades que fazem dele um valor a ter em conta. O guarda-redes brigantino, de 25 anos, somou elogios e prémios individuais numa época difícil para a formação vimiosense. Em entrevista ao Mensageiro, André Reis fala do seu percurso e futuro com a humildade que o carateriza.
MdB - Começaste a dar os primeiros passos no futebol, em 2005, na Escola Crescer. Como decidiste que irias ser guarda-redes?
AR - Os primeiros passos foram dados fora da baliza, na altura, criança, era defesa central, possante, mas bom tecnicamente. Recordo-me bem do dia, em que tive a primeira experiência na baliza, jogo contra o Bragança. Do outro lado, como adversário, tinha muitos amigos, era um derby que ninguém queria perder e o jogo começou a correr mal. Perdíamos por 4 ou 5-0 e o nosso único guarda-redes lesionou-se. Nesse momento, fui incentivado pelos meus colegas e treinadores a assumir a baliza. A estreia na altura nem correu muito bem, acabámos por sofrer uma goleada pesada, mas ficou o bichinho das balizas que permanece até hoje.
MdB - Esta é a tua segunda experiência num campeonato profissional, após a estreia em 2013/2014 ao serviço do GD Bragança. Que balanço fazes desta temporada a nível individual?
AR - Foi uma experiência bastante produtiva. É um campeonato que apresenta um nível de qualidade muito bom. É exigido que estejamos sempre nas melhores condições, que trabalhemos arduamente durante a semana para estar bem ao domingo. Como jogador, saio bastante fortalecido.
MdB - Esta é a tua 5.ª temporada ao serviço do Águia FC Vimioso. Como tem sido a tua experiência no clube?
AR - Tem sido uma honra representar este grande clube da nossa região. Sou muito grato a toda a estrutura e a todos os vimiosenses pelas oportunidades que me têm sido dadas para representá-los, por terem acreditado no meu valor e dado todas as condições para continuar a evoluir não só como jogador, mas como ser humano.
MdB - A estreia do Vimioso nos campeonatos profissionais terminou longe do desejado. O que falhou para conseguir a manutenção?
AR - As estreias neste tipo de campeonatos nunca são fáceis. É uma realidade completamente diferente daquela que vivemos no nosso campeonato distrital e a condicionar a adaptação a este nível é a fase pandémica que vivemos, que impôs a todas as equipas, umas mais do que a outras, restrições e adversidades que complicaram bastante a tarefa. Foi um ano de aprendizagem, tanto clube como jogadores saíram fortalecidos, penso que dignificámos bem a Vila de Vimioso e a região. Com tantos obstáculos que se impuseram no nosso caminho, acredito que o clube voltará mais forte.