Mais de 47 por cento das pessoas com incapacidade não estão inseridas na vida ativa
As dificuldades de inserção dos utentes no mercado de trabalho são dos maiores problemas que enfrenta a ASCUDT - Associação Sócio-Cultural dos Deficientes de Trás-os-Montes. “Temos muitos poucos a trabalhar”, admitiu a diretora da instituição, Manuela Miranda.
Nas várias respostas sociais da ASCUTD apenas entre dois ou três estão a realizar atividades socialmente úteis trabalhando 20 horas por semana numa quinta ajudar a tratar de cavalos, mais três pessoas a trabalhar nos supermercados Continente de Bragança e Chaves a quem dão acompanhamento.
O cenário local vai ao encontro do panorama nacional. Tendo em conta os dados do estudo ‘O papel das pessoas no mercado de trabalho em Portugal’ elaborado pela Randstad a cujas conclusões o Mensageiro teve acesso, a situação distrital ainda é pior que na média do país.
A análise da Randstad indica que a população em Portugal, com quinze anos ou mais, com incapacidade, corresponde a 1,06 milhões de pessoas e destas, 348,3 mil estão em idade ativa. A taxa de atividade na população com incapacidade é de 47,6%, face a uma taxa de atividade de 73,1% da população sem incapacidade. Neste sentido, também as taxas de emprego e desemprego variam: a taxa de emprego para pessoas sem incapacidade (67,2%) é superior em quase 25 pontos percentuais quando comparada com a taxa de emprego das pessoas com incapacidade, que se situa nos 42,3%.