Veritas (Verdade): “Quid est veritas?”
1. Esta pergunta foi colocada por Pilatos a Jesus na hora do seu julgamento. E Ele terá respondido, segundo Jo. 14.6., ego sum via, veritas et vita.
1. Esta pergunta foi colocada por Pilatos a Jesus na hora do seu julgamento. E Ele terá respondido, segundo Jo. 14.6., ego sum via, veritas et vita.
Por motivo de prevenir eventuais maleitas, ousei fazer algumas consultas essenciais, depois de um ano e meio de ‘ausência’. Verifiquei, num hospital público e num hospital privado, que os doentes ainda não assumiram completamente a sua maneira de encarar as deslocações às unidades de saúde. São hábitos que vêm de longe. Vão com muita antecedência e não atendem aos cuidados de distanciamento e de utilização de máscara, como hoje é exigido. E verifiquei, também, infelizmente, que as condições de atendimento não são as melhores. Em instalações e equipamentos.
Interessa-me reter esta expressão e transcrever o que afirmou o padre jesuíta, espanhol, Adolfo Nicolás, falecido em 20 de maio de 2020, no Japão. Morreu ao serviço de uma causa: servir os homens e a humanidade. De todos os homens. Da Ásia, América e África. Da África, algo que pessoalmente me toca, como modestamente tenho referido em algumas narrativas no Mensageiro. Atentemos no que Nicolás afirmou:
Vamos lá a ver se nos entendemos sobre o conteúdo e estado de desenvolvimento deste conceito – sociedade 5.0.
Mas antes, algumas situações.
Uma tarde, o jovem médico que assumira funções clínicas no município de Vila Gouveia (actual município de Catandica, em Moçambique), parou na escola do Pungué para conhecer e falar com o professor, para lhe pedir colaboração para os programas de saúde que tinha pensado implementar.
O professor, figura aparentemente frágil e tímida, mais velho do que o jovem médico, ouvia serenamente os programas que o médico desejava para a região. E lá foi conseguindo oportunidades suficientes para, modestamente, conseguir dizer aquilo que ele já estava a fazer.
Na badana esquerda do magnífico romance Admirável Mundo Novo (1932), escreveu Aldous Huxley: «Este livro é um apelo à consciência dos homens. É uma denúncia do perigo que ameaça a humanidade, se a tempo não fechar os ouvidos ao canto da sereia do falso progresso: anular-se na “fordização”1 ou, como o Selvagem, optar pelo suicídio». O falso progresso, o omnipresente consumismo, temperado por comportamentos pouco ou nada saudáveis – tudo em vias de conduzir o Homem e a Natureza ao seu fim. O fim do Planeta.
São estas as palavras que me permito citar para servirem de título a esta crónica. Foram pronunciadas na homilia da eucaristia do domingo, dia 15 de agosto, por Senhor D. José Cordeiro, Bispo de Bragança e Miranda, a partir do santuário de Nossa Senhora da Assunção – no Cabeço, Vila Flor – envolvendo uma ideia-força sobre a qual pretendo fazer uma breve reflexão. Feliz designação esta de ‘Cabeço’, pois que, do alto, se vislumbra uma paisagem deslumbrante em 360 graus.
Estaremos num momento de viragem no que respeita à pandemia que assola o Planeta? E o nosso País? Os indicadores indiciam uma melhoria que não sabemos se é efetiva. As afirmações dos especialistas ora convergem, ora divergem, sobre os sinais de abrandamento. Entretanto e curiosamente, há países que vão iniciar o processo de administração da terceira dose…. Claro que muito países estão na gaveta fundeira da recuperação, dadas as grandes carências em dispositivos clínicos e em stocks de vacinas (em muitos países de África não têm sequer 10% de imunizados). Crónicas são as suas carências.
“…Os que não conseguem lembrar o passado estão condenados a ter que o repetir” (George Santayana, 1863-1952 – poeta e filósofo espanhol).