Matematicamente pensando
VII Congresso Mundial de Estilos de Aprendizagem
Num mundo global em que nos encontramos, em que todos interagimos com todos, importa valorizar os aspetos que podem motivar e dar força ao país e a cada uma das suas partes. Sem dúvida que tudo é relativo e cada acontecimento deve ser observado em função do contexto onde se insere. Assim, é indiscutível que o facto de Portugal ganhar o Euro, elevou o ânimo dos portugueses e ajudou a projetar Portugal no mundo. Esta vitória e as suas consequências eram suficientes para desenvolver esta reflexão e com certeza poder trazer novas dimensões à vitória conseguida em futebol, mas a esse acontecimento, que considero da maior importância, já foi dado o devido e merecido destaque.
Hoje, prefiro enfatizar o VII Congresso Mundial de Estilos de Aprendizagem, um evento organizado pelo Instituto Politécnico de Bragança, nos dias 4, 5 e 6 de julho de 2016. Destaco este congresso pela sua importância científica, pelo número de participantes, pelos países que envolveu, pelo envolvimento de algumas câmaras do distrito e pelo grau de satisfação espelhado na face dos que nele participaram.
Dos aspetos mais relevantes do congresso destaco: a Comissão de Honra, Professor Sobrinho Teixeira, Presidente do Instituto Politécnico de Bragança, e os Professores Domingo Gallego e Catalina Alonso, professores Catedráticos da Universidade de Ensino a Distância de Espanha, com sede em Madrid, a comissão Organizadora constituída por 11 investigadores dos quais destaco Luisa Miranda, Paulo Alves e Carlos Morais; a Comissão Científica constituída por 125 investigadores de vários países, aos quais coube avaliar mais de 550 propostas de comunicações orais; e 360 participantes de 17 países: Angola, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Espanha, França, Itália, México, Moçambique, Peru, Portugal, Porto Rico, Reino Unido e Suécia.
Em termos científicos os principais temas abordados foram Estilos de Aprendizagem, Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação, e Educação e Inovação. A divulgação e reflexão acerca destes temas desenvolveu-se a partir de três Conferências Plenárias proferidas pelos Professores Catedráticos Domingo Gallego e Catalina Alonso, UNED-Espanha, Paulo Dias, Reitor da Universidade Aberta-Portugal, e François Marchessou, Universidade de Toulouse, França; sete painéis que envolveram 28 especialistas; 302 comunicações orais; e 18 pósteres, integradas em livro de atas com mais de 3000 páginas.
No congresso participaram docentes de todos os níveis de ensino e de varias especialidades, nomeadamente Educação Pré-Escolar, Educação Básica, Ensino Secundário, Ensino Profissional e Ensino Superior, o que evidencia a importância atribuída às metodologias de ensino baseadas na teoria dos Estilos de Aprendizagem para todas as áreas, níveis de ensino e culturas.
Saliento, também, a componente social do congresso, na qual teve lugar a colaboração das Câmaras Municipais de Bragança, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Moncorvo, Vimioso e Vinhais que apoiaram o congresso com o que têm de mais simbólico e ao mesmo tempo puderam projetar no país e no mundo alguns dos seus produtos, os quais foram amplamente apreciados por todos os participantes no Congresso. Também é de referir o papel relevante na componente cultural do Professor Vasco Alves, com dois momentos musicais de elevadíssima qualidade, o Coro da Escola Superior de Educação, os caretos de Grijó, a Rauss Tuna do IPB, e Rancho da Mãe D´Àgua de Bragança. Foi muito apreciada por todos os participantes uma receção no Castelo de Bragança, e por grande parte, mais de 150, depois de ter terminado o Congresso, uma visita ao Museu do Douro e um passeio pelo rio Douro, de barco, entre a Régua e o Pinhão.
Depois desta descrição, podemos perguntar, qual a sua importância? Penso que a principal importância assenta na valorização do conhecimento, na valorização das instituições da região e na valorização das pessoas que aqui vivem, pois trouxemos para a região um congresso mundial que se realiza de dois em dois anos, já vai na sua sétima edição e é a primeira vez que se realiza em Portugal, com ótimos resultados em termos científicos e colaborativos que de acordo com muitos dos participantes serão muito difíceis de ultrapassar, assim como bons resultados para a divulgação da cidade de Bragança e da região, pois contou com a permanência de mais de 350 visitantes durante cinco dias.