Festival de Patinagem Artística brilhou e encantou com a magia do cinema
A oitava edição do Festival de Patinagem Artística voltou a encher por completo as bancadas do Pavilhão Municipal Arnaldo Pereira, este sábado, com um espetáculo que aliou o brilho da patinagem artística à magia do cinema. Com 23 coreografias — ou “takes” — inspiradas em clássicos do cinema como Barbie, Trolls, Mary Poppins, Alice no País das Maravilhas ou O Fantasma da Ópera, o espetáculo deslumbrou o público ao longo de três horas de exibição contínua.
O festival, organizado pelo Clube Académico de Bragança, com o apoio do Município de Bragança e da União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo, contou com participações de luxo, com destaque para a campeã europeia Catarina Craveiro, de 19 anos, que começou a patinar aos cinco e soma já nove títulos nacionais. Também Diogo Craveiro, vice-campeão mundial e europeu em 2024, e Vítor Castro, medalha de bronze em juniores no último Campeonato do Mundo, brilharam em pista e encantaram o público, permanecendo no final a dar autógrafos aos mais jovens.
“Fico muito contente por ser convidada para este festival”, afirmou Catarina Craveiro. “É muito bom patinar em diferentes cidades e poder mostrar o meu gosto pela modalidade a outras crianças e jovens. Desde muito cedo que fui colocada neste desporto e nunca mais saí dele.”
Para quem ambiciona seguir este caminho, deixou ainda um conselho: “Se querem realmente ter hipóteses e desfrutar deste desporto, é preciso fazer sacrifícios. Custa abdicar de festas e jantares com amigos, mas no fim o esforço compensa.”
Para Paulo Gonçalves, presidente do Clube Académico de Bragança, a edição deste ano superou todas as anteriores. “Estivemos irrepreensíveis. As bancadas estiveram cheias, havia muita gente de pé, e atrevo-me a dizer que este é o maior espetáculo desportivo da cidade. Foi um sucesso maior do que os anteriores”, referiu.
A integração das crianças mais novas, algumas com apenas um ano de prática, foi uma das apostas da organização. “Foi uma decisão acertada. Ver a beleza e a entrega daquelas crianças foi algo que nos deixou muito orgulhosos e que deu ainda mais brilho ao espetáculo.”
Paulo Gonçalves sublinhou ainda o impacto que o festival tem na divulgação da patinagem artística: “É sempre um impulso para a modalidade. Todos os anos sentimos esse aumento de procura após o festival. E acredito que este ano não será diferente.”
Apesar da vontade de acolher mais clubes, a limitação do tempo de espetáculo obrigou a organização a dizer “não” a algumas participações. “Mesmo com três horas de espetáculo, o público manteve-se entusiasmado do início ao fim. Isso mostra o envolvimento das pessoas e a qualidade do que apresentámos.”
A dedicação de toda a equipa envolvida — desde treinadoras, seccionistas e voluntários — foi essencial para o sucesso do evento. “A logística é enorme. São noites sem dormir, muita adrenalina e muita paixão pela modalidade. O resultado foi, sem dúvida, motivo de orgulho para todos”, concluiu o dirigente.
Com os olhos já postos em 2026, a organização espera voltar a reunir atletas e público numa nona edição ainda mais memorável.
Fotos: Guilherme Moutinho
