Associação de Socorros Mútuos dos Artistas Mirandelense faz 124 anos

Foi no passado dia 1 de maio que a Associação de Socorros Mútuos dos Artistas Mirandelenses (ASMAM) apagou 124 velas, numa altura em que a sua banda filarmónica (1º de maio), vive momentos de enorme visibilidade, fruto de uma nova dinâmica que tem vindo a ser implementada pelo mirandelense, Ricardo Januário, que assumiu as funções de maestro, em outubro de 2023.

“Temos cá como regente, um filho da terra porque sabíamos que ele tinha todas as capacidades e tem-se visto que a banda está com uma dinâmica diferente, tivemos um bocadinho até de sorte, que o maestro, que é da terra é muito bom, não desfazendo dos outros maestros”, conta o tesoureiro da direção da Associação, Joaquim Rente, também ele membro da banda, há mais de 60 anos. “Enquanto formos vivos, vamos manter a tradição de comemorar esta data da associação, e já anda por aqui nesta casa há 64 anos e então a banda não falha. Prefiro deixar de ir a uma festa para andar com a banda”, afirma.

Ricardo Januário diz estar “muito satisfeito” com este novo desafio não escondendo a sua emoção de liderar a banda. “A Associação de Socorros Mútuos dos Artistas Mirandelenses sempre desempenhou um papel ativo na nossa sociedade, aqui em Mirandela, e é bom que se mantenha e que evolua, é muito importante, pelo que também tenho muito orgulho em fazer parte desta história”, confessa o maestro que faz questão de sublinhar o importante trabalho feito pelos anteriores regentes.

Também o presidente do Município de Mirandela tece rasgados elogios à vitalidade da banda 1º de maio e de toda a direção desta instituição de referência do concelho que Vítor Correia ser de “extrema importância” para a dinâmica cultural e social do concelho. “É uma instituição que promove aqui toda a atividade cultural, um incentivo aos jovens, abre as portas para que sejam realizadas aqui atividades culturais, neste edificado que foi ajudado também a construir pelo município e apoiamos também esta associação, através de contratos-programa, de subsídios sempre que é necessário, para instrumentos, para fardamento, porque entendemos que esta organização é fundamental para a cultura da cidade e do concelho”, refere.

O autarca entende que a ASMAM também desempenha um papel de “cariz social, já que promovem aqui consultas gratuitas aos seus associados”, frisa.