A opinião de ...

O Serviço Nacional de Saúde em revista de imprensa

1 - ELES POR LÁ……
“Muitas vezes os governantes não vêm a realidade, o povo vive duma maneira e os que têm maiores responsabilidades políticas não vêm essa realidade” Prof. Marcelo R. de Sousa
“Há problemas estruturais graves e situações inaceitáveis” Dr. António Costa
“ Em 2017 todos os portugueses terão médico de família” idem
“Não me volto a comprometer” idem
“ Os enfermeiros (em greve) são criminosos e “Os médicos não são suficientemente resilientes” Ministra da Saúde.
2 - E NÓS POR CÁ
“Em Gáfete, os 900 habitantes não têm médico de família”.
“Todo o concelho do Crato só tem um médico a tempo parcial”.
“ Porque não há resposta local, vai tudo para o serviço de urgência”.
“Contratamos prestadores porque não tenho médico no quadro”.
“ Ganho bem em 10/15 dias por mês e só não trabalho mais porque não quero, mas conheci (prestadores) que trabalhavam todos os dias do mês”.
“Gastam-se milhões em horas (de tarefeiros) pagas de 27 a 100 euros”.
“A pressão e a insegurança são tais, que se gastam milhões em meios auxiliares de diagnóstico, consultas e urgências que encarecem tudo”.
“Já se chega a concorrer por médicos dentro do próprio SNS”
“Abrem-se vagas ( no interior)e, mesmo com incentivos, não há resposta”.
“Porque não se paga aos da casa o que se paga aos recrutados de fora? Assim acabava-se com o canibalismo entre médicos e serviços”.
“quando um ministério da saúde é uma agência de recrutamento !”
“ O caos nas urgências continua, sobretudo nos serviços de ginecologia”.
“ A atual crise do Serviço Nacional de Saúde é só a ponta do iceberg”.
“ Não conseguimos desdobrar-nos mais e estamos à beira da exaustão”. “ .
“ Os pedidos de escusa (de médicos e de enfermeiros), são aos milhares”.
“Só há atrações e condições no litoral. O interior não consta nem conta”.
“Quando se está muito doente, deixa-se andar, que a coisa há de passar”.
“O pequeno é que paga sempre. Os poderosos e os políticos é que têm de saber o que terão de fazer para tratar da saúde da gente. Que fiquem lá com o seu poder e a sua política e nós ficamos por cá com as nossas doenças até que Deus se lembre de nos leve desta para melhor”.
É com esta crueza, resignação e sinceridade, que as gentes do nosso povo, com um misto de resignação e revolta, classificam o que sentem e o que pensam do estado do SNS.
Na mesma linha de pensar e de sentir e em plena sintonia com as suas preocupações, as suas carências as suas dificuldades, só me apetece dizer:
Nesta vergonha nacional, levantem-se os réus e haja alguém que tenha a coragem e a dignidade de por o dedo na ferida.

Edição
3890

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