É difícil vender livros e ser escritor para quem paga tudo do seu bolso”
“É difícil vender livros e ser escritor”. O desabafo é de Isabel Morais Ribeiro Fonseca, autora transmontana, que está a promover e a vender as suas obras no supermercado Pingo Doce, este mês, na tentativa que possam ser compras para presentes de Natal. Nas livrarias e online vende pouco. “É difícil, tanto a nível de internet como a nível presencial. As pessoas não param, muitas não têm dinheiro, outras dizem que não gostam de ler, outras dizem que não sabem ler ou que não têm tempo para isso. Pronto, é mais ou menos esta a realidade”, contou a escritora ao Mensageiro.
Enquanto, não se é um autor consagrado ou com livros nos top de vendas das maiores livrarias do país, impor-se no mercado é cada vez mais complicado, porque há muitos gastos na edição e na divulgação.
Para chegar aos tops é preciso vender e, antes disso, é necessária muita promoção, participar em encontros e festivais literários, para onde são convidados, praticamente, só os mais conhecidos ou mediáticos, as entrevistas nos meios de comunicação também são fundamentais, porém estes são espaços são reservados para os famosos. Estar exposto nos locais mais visíveis das livrarias também são quase exclusivos para os que já vendem muito. “Os livros têm pouca saída. Só se forem de algum um escritor conhecido, mas, também, é difícil ficar conhecido se vendermos poucos livros. Não sou muito conhecida. Na internet sou um pouco mais. Eu só comecei a escrever em 2012, mas acho que é um problema geral de outros escritores menos divulgados”, acrescentou.
Além disso, muitas vezes as editoras cortam partes dos textos dos autores, para condensar a escrita, o que não agrada a quem dedicou meses e até anos a escrever o que lhe vai na alma.
Isabel conta que um dos seus livros ficou “bem fininho”, após a revisão. “Não gostei. Não faz sentido. Porque se eu escrevi, significava que tinha mensagem”, confessou.
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