Abílio Lousada

Carlinhos da Sé e do Bairro São João de Deus! II

Não havia ninguém que não conhecesse aquela figura patusca feita homem de média estatura e corpo magro, cabelo à escovinha e barba mal escanhoada, com esguio bigodito a espreitar pelos cantos da boca. Tinha uma cara de franzina inocência, um olhar de malandreco, uma voz sibilina e uma língua afiada. Estivesse chuva, frio, vento ou sol, os paramentos eram incontornáveis: socos feitos no «Feijão Sapateiro», onde enfiava os pés envoltos em dois ou três pares de meias, umas calças gastas e justas, um casaco preto coçado, por cima da camisa desbotoada e de uma camisola de lã.


Carlinhos da Sé e do Bairro São João de Deus! I

A 10 de setembro de 1986, o Carlinhos desapareceu das vistas e dos dias. Inquieto na manhã desse dia, rezou na linha (hoje Av. Sá Carneiro), voltado para São Bartolomeu, como lhe era hábito. Depois, quando o sobrinho Zé saía para o trabalho disse-lhe que ia ter com a morte. «E tu a dar-lhe Carlos, sossega homem». E foi. Na noite daquele dia foi avistado em Castro Avelãs, a passar a ponte de Ariães e subir Formil acima. A família procurou e desesperou, o Bairro questionava-se e as autoridades intrigavam-se.


A Bomba Atómica e a Era do Terror!

À conta da «aventura» expansionista da Alemanha Nazi, a Europa e o mundo mergulharam na II Guerra Mundial, o mais violento e destrutivo conflito da História. Com três teatros de guerra principais – Europa Ocidental e Oriental e Ásia-Pacífico – a guerra durou seis longos anos e originou cerca de 60 milhões de mortos diretos, metade dos quais civis. Na Europa, o inimigo a abater era a Alemanha de Hitler, na Ásia o Japão de Hiroito e Tojo.


Os Irredutíveis Terceirenses e a Batalha da Salga

A imprudente campanha marroquina de D. Sebastião, que resultou no desastre militar em Alcácer-Quibir e na sua morte, a 4 de agosto de 1578, abriu uma grave crise dinástica em Portugal. Crise aproveitada por Filipe II de Espanha para ser aclamado também rei de Portugal, em abril de 1581, depois de derrotar D. António Prior do Crato na batalha de Alcântara, Lisboa. Registava-se somente a posição irredutível das ilhas centrais e ocidentais dos Açores, particularmente da Terceira, que juraram lealdade a D. António.


Túmulos Reais

Desde 2016, acompanhámos o processo de abertura, conservação e restauro do túmulo do rei D. Dinis. Ensejo para percorrermos os seis panteões onde repousam vinte e oito reis da Monarquia Portuguesa, assim como seis túmulos individuais. Façamos então um périplo pelos locais de eterno descanso dos reis referentes a 4 dinastias: Afonsina, Joanina, Filipina e de Bragança.
1. Mosteiro Crúzio de Santa Cruz de Coimbra. Fundado em 1131, no reinado de D. Afonso Henriques, acolhe os dois primeiros monarcas: D. Afonso Henriques e o filho D. Sancho I.


Pela Santa Religião: Resistência à Ocupação Francesa em 1808 (I)

Entre 30 de novembro de 1807 e 30 de agosto de 1808, as tropas de Junot ocuparam Portugal, no contexto da 1.ª Invasão Francesa. Durante o período inicial, a família real zarpou para o Brasil, parte das elites colaboraram com o ocupante, o Exército foi anulado e as populações manietadas. Tudo corria bem para os franceses até começarem a usurpar as gentes, depravar os povoados e conspurcar as igrejas.


D. Afonso Henriques em Zamora!

Mediante iniciativa da Grã Ordem Afonsina, sediada em Guimarães, no pretérito 29 de abril foi inaugurada uma estátua do primeiro rei de Portugal nos jardins da Fundación Rei Afonso Henriques, na cidade de Zamora, congénere da Fundação Rei D. Afonso Henriques de Bragança. A estátua em granito, da autoria do escultor vimaranense Dinis Ribeiro, tem mais de quatro metros de altura e assenta num plinto com quase dois metros. Representa um jovem D.


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