Carlinhos da Sé e do Bairro São João de Deus! II
Não havia ninguém que não conhecesse aquela figura patusca feita homem de média estatura e corpo magro, cabelo à escovinha e barba mal escanhoada, com esguio bigodito a espreitar pelos cantos da boca. Tinha uma cara de franzina inocência, um olhar de malandreco, uma voz sibilina e uma língua afiada. Estivesse chuva, frio, vento ou sol, os paramentos eram incontornáveis: socos feitos no «Feijão Sapateiro», onde enfiava os pés envoltos em dois ou três pares de meias, umas calças gastas e justas, um casaco preto coçado, por cima da camisa desbotoada e de uma camisola de lã.