A opinião de ...

Presidenciais 2021, afinal, por onde andam os homens do meu país?

Final e felizmente, já terminou a campanha eleitoral para a eleição do presidente da república e, como era espectável e mais que garantido, tudo acabou por se resumir a uma espécie de plebiscito para confirmar e oficializar a muito desejada e mais que prevista reeleição do candidato professor Marcelo Rebelo de Sousa, para o qual, com votos sinceros de um novo e grande mandato, os mais que merecidos parabéns pela sua reeleição, bem como um profundo reconhecimento pela lição de bom senso e pela maneira digna e inteligente como assumiu a sua condição de candidato e presidente, tendo sempre como primeira e máxima preocupação a atual situação de gravíssima pandemia que assolou o país. Com a legitimidade renovada, a fé, a determinação, a força e a coragem necessárias, confiadamente esperamos que, com a ajuda de Deus, consiga dar resposta aos anseios e às preocupações de quantos em si confiaram.
Fazendo agora uma análise de retrospetiva destas duas últimas semanas, e sem apelar à situação dramática que o país atravessa, (este sim o “problema dos problemas”), depois de quarenta e seis anos de democracia e do triste espetáculo, oferecido ao país por este naipe de candidatos que, sem ninguém conseguir entender o que é que lhes teria passado pela cabeça, tiveram o atrevimento e a veleidade, para não lhe chamar outra coisa, de se apresentar perante os seus concidadãos como candidatos, imagine-se (!), à Presidência da República.
Mas, se esta a atitude, analisada com um mínimo de sensatez, não fosse já razão bastante para repensarem as suas ambições, as coisas não pararam por aqui.
Mascarados na pele de candidatos, (como se ser candidato fosse ou significasse alguma coisa!), como os antigos, e de má memória, “educadores do povo” dos idos anos do PREC, ei-los a infestar as ruas à caça dos votos onde, usando uma verborreia insuportável, falam do que não sabem e prometem o que não podem cumprir, sem se aperceberem que, tudo espremido, dali nada restaria a não ser um rol de banalidades e futilidades sem nexo nem sentido, sem se aperceberem, ou fingirem que não se apercebiam, da figura ridícula que faziam e de que quem os ouvia, muitas vezes só o fazia por educação, por pena e por caridade. Esta foi a campanha que tivemos e porque agora já não há maneira nem forma de o esconder, pôs a nu a mais preocupante fragilidade desta nossa democracia, velhinha de quase meio século de vida, que até já podia ter netos.
Se bem que isto possa escandalizar muita gente e custe a engolir a muita mais, perante a vergonhosa falta de qualidade destes candidatos que não tiveram capacidade nem vergonha para verem a calinada supina que cometeram quando se candidataram ao mais alto cargo da nação para, nos próximos cinco anos, terem nas mãos muita da responsabilidade ciclópica de conduzir os nossos destinos, depois de tudo isto, é indispensável e urgente descobrir por onde param, o que andam a fazer e de que é que estão à espera os Homens, (mas os verdadeiros Homens com H grande) deste país.

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