A opinião de ...

Rufar de tambores

Há semanas escrevi e foi publicado neste jornal um artigo intitulado Liderança (Lideranças onde abordava a próxima eleição da equipa que irá gerir a CCDRNORTE). O artigo, tal como outros da minha lavra suscitou reacções, uma delas de um velho e estimado amigo a determinada atirou arguta observação: «olha lá, no teu artigo Liderança o perfil da personalidade que preconizas para desempenhar o lugar de máximo responsável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Norte assenta como uma luva no Engenheiro António Jorge Nunes. Acertei? Além de teres acertado em cheio, a tua alegre reacção dá-me alento a explicar aos leitores as causas, razões e argumentos a escorarem a vontade de ver um bragançano Lídimo Braganção a pensar futuro numa estratégia de irrupção de assisado projecto de desencravamento do interior do território que vai do rio Minho ao Douro fronteiriço das gravuras contribuindo para solidificar a unidade na diversidade daquele Portucale embrião, matriz do Portugal de hoje.
O Engenheiro António Jorge Nunes alia à sólida formação científica e técnica multiplicidade de conhecimentos culturais que lhe possibilitam aferir o Mundo numa visão do aludido futuro seja no domínio da demografia e engenharia social, seja no tocante ao crescer ou diminuir das cidades (a cidade de Deus de Santo Agostinho, O Livro das Cidades do genial G. Cabrera Infante), a expansão das tecnologias de ponta e consequente revolução digital, numa aliança permanente com a boa e honesta gestão dos dinheiros públicos nas antípodas do amiguismo partidário, chauvinista e localismos empestados de pacóvias rivalidades.
A obra e acção de Jorge Nunes na qualidade de Presidente da Câmara de Bragança fala por ele de modo de prazenteira abrasividade, quem tiver dúvidas lembre-se da cidade bafienta, conformada na sua circularidade, um burgo cinzento e manga-de-alpaca do antecedente e pensemos no Teatro Municipal como expoente de cultura, de educação e formação dos espíritos, de todos, não só de alguns.
O Senhor Abade Francisco Manuel Alves, estou convicto, apoiaria a escolha de António Jorge Nunes para timoneiro da CCDR Norte. Assim o desejo.
Os tambores rufam nas sedes partidárias na congeminação de omeletas de distribuição de lugares. Por todas as razões e as da isenção e competência faço ecoar a sineta a lembrar esta notável personalidade.
O meu Amigo Jorge Nunes não logra o pleno de aceitação, nem tal seria possível. Nem desejável. O notável novelista duriense (Mesão Frio) Domingos Monteiro frequentemente dizia: um homem sem amigos é mau, mas um homem sem inimigos é muito, muito pior!
O Dr. Domingos Monteiro bem merece homenagem a preceito.

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