A opinião de ...

Espírito de Natal e outros temas

1 – O espírito do Natal - Viver o Natal, sempre foi alegria e família. O sentimento da fraternidade, era prática tradicional. Este sentimento saía reforçado pelo ambiente que se criava e que se vivia.
O presépio da igreja, em cuja execução toda a garotada da escola dava uma ajuda, com o seu grande pinheiro, o musgo a revestir os montes feitos de pedras a jeito, com os caminhos desenhados com areia que confluíam em direcção à cabana, onde se encontrava a sagrada família. Povoavam esta construção os pastores, os cães de guarda e seus rebanhos, os reis magos montados nos seus cavalos que, orientados pela estrela dourada, iriam adorar o Deus Menino acabado de nascer e oferecer-lhe presentes. Este ambiente da aldeia era cultivado e aprofundado em cada casa de família, cada uma com a sua humildade, mas sempre em união de todos os seus membros. O facto de na missa do galo ou na do Dia de Natal o senhor padre dar o Menino Jesus a beijar aos paroquianos, que repetia no Ano Novo, enchia-nos a alma e dava-nos uma força interior para nos aceitarmos e perdoarmos uns aos outros. Era assim, antes, devia continuar a ser assim agora. Connosco, na família, na aldeia, na cidade, nas comunidades, no país, enfim, no mundo que vive o cristianismo e o ecumenismo.
Este ano, com a pandemia que nos cerca e limita, não podemos deixar de viver o espírito de Natal. Perdoar, respeitar, ser fraternos. Não podemos estar juntos e conviver, mas as novas tecnologias permitem que nos saudemos, que nos felicitemos, que celebremos o aniversário do Menino Jesus em fraternidade, para ajudar a ultrapassar as dificuldades e agruras que a complexidade da vida actual nos coloca.
2. A violência policial - Um polícia e um cidadão morreram, vítimas de violência. O primeiro, no cumprimento do dever, da missão de combate e prevenção do crime, foi atropelado e arrastado por veículo, tripulado por um polícia, provocando-lhe ferimentos graves que lhe causaram a morte. O segundo, vítima de violência policial, foi espancado e abandonado até à morte. Quantos direitos não foram respeitados? Quantos deveres não foram cumpridos? Estes comportamentos, em cidadãos livres, acarretam, com frequência, o cometimento de crimes. Se praticados por agentes de autoridades, que agem a atuam em nome da lei e com poderes concedidos pelo Estado, sob compromisso de honra, a gravidade do crime é bem maior e significativa. É Inaceitável e repugnante. Estamos e vivemos num estado de direito e exigimos aos nossos agentes de autoridade que sejam dignos do seu compromisso na protecção e respeito pelos valores e princípios garantidos aos cidadãos pela Constituição e pelas leis.
3. Confiança na Polícia – Segundo o Portal da Opinião Pública, da fundação Francisco Manuel dos Santos, que colige dados agregados sobre valores, atitudes e comportamentos dos europeus, nos últimos vinte anos, 81% dos portugueses tendem a confiar na polícia, sendo este o melhor índice do países do sul da Europa. Muita coisa está a ser bem feito. Parabéns Polícia.

Edição
3812

Assinaturas MDB