Diocese

D. Nuno Almeida presidiu à primeira ordenação do seu episcopado em Bragança-Miranda

Publicado por António G. Rodrigues em Qui, 2023-08-03 11:07

A ordenação diaconal, em ordem ao sacerdócio, do irmão João Paulo de Magalhães Pereira, da congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição (MIC) que aconteceu domingo, em Macedo de Cavaleiros, foi a primeira do ministério de D. Nuno Almeida como bispo de Bragança-Miranda.

O prelado considerou que este era “um dia importante e feliz”. “Porque, no ambiente da JMJ, fazermos uma celebração em que é ordenado um jovem, em ordem ao presbiterado, é concretizarmos aquilo que o Papa Francisco sonha para a pastoral de jovens, ser uma pastoral vocacional, que abre para todas as vocações. Para a vocação presbiteral, para a vocação matrimonial e para a vida consagrada”, disse D. Nuno Almeida.

“Num ambiente festivo, uma celebração como esta e com a participação de tantos jovens, enche-nos de esperança e fica o anseio que da JMJ surjam mais vocações e, muito em especial, sacerdotais”, disse ainda o prelado.

Com 39 anos e natural de Braga, João Paulo Pereira esteve no Convento de Balsamão, em Macedo de Cavaleiros, e fez o noviciado no Brasil, na congregação dos Marianos da Imaculada Conceição, entre abril de 2019 e abril de 2020, onde fez os primeiros votos.

A profissão solene aconteceu no dia 29 de janeiro, em Macedo, onde tem colaborado na Unidade Pastoral da Divina Misericórdia e integra a equipa de pastoral juvenil e vocacional do Vicariato Português dos Marianos da Imaculada Conceição.

Ao Mensageiro, João Paulo Pereira diz que este dia representa, “sobretudo, a resposta deste chamamento que sempre” sentiu “desde criança”. “Estou há mais tempo no seminário do que na família. A emoção toma conta de mim neste momento, uma vez que é um culminar de uma história longa, de tempo de preparação, com muitos percalços, mas, de facto, o Senhor nunca desistiu de mim e eu nunca desisti Dele”, garantiu.

O caminho, agora, será “rumo ao sacerdócio”.

Na sua homilia, D. Nuno Almeida lembrou que “no exercício do seu ministério, o diácono procura imitar fielmente Cristo e ser uma expressão viva da diaconia da Igreja no mundo, uma Igreja Servidora como Cristo, o Servo, o Diácono por excelência”.

“O diácono, como servidor da vida, é chamado a caminhar com o coração e o passo dos mais frágeis, acolhendo e fazendo-se samaritanamente próximo de todos. Ciente de ser ele mesmo um paralítico curado, um pecador perdoado e um filho amado, deixa-se guiar pelo Espírito Santo, procurando crescer sempre na total disponibilidade e na alegria evangelizadora.

Pela ordenação, o diácono aceita conscientemente não dispor de si mesmo, mas a entregar todas as manhãs ao Senhor, o seu tempo e capacidades, procurando ir ao encontro de todos.

O serviço diaconal manifesta a vinculação existente entre a Mesa do Corpo de Cristo e a Mesa dos pobres, sublinhando que o sacramento do altar não pode estar separado do sacramento do irmão e que o anúncio da Palavra não pode separar-se de gestos concretos de serviço caritativo.

A estola a tiracolo, própria do diácono, torna-se “toalha”, pois ele procura estar atento às novas formas de pobreza e sofrimento que marcam a experiência do nosso tempo, procurando levar a Boa Nova do Reino às “periferias existenciais”, lugares privilegiados de encontro e de fraternidade, palpitantes de esperas e necessidades, mas ricos de sonhos e recursos. São lugares de dor e de gestação, nos quais vida e fé podem ser anunciados, testemunhadas e redescobertas”, sublinhou.

Nesta eucaristia participaram, também, vários peregrinos polacos que estiveram na diocese na semana que antecedeu a JMJ e que aproveitaram para agradecer, com grande emoção, o acolhimento recebido, deixando algumas lembranças da sua terra natal.

De Macedo partiram, também, alguns migrantes timorenses rumo à JMJ.

Assinaturas MDB