Afinal em que ficamos? (I)
Eu penso que reúno todas as condições psíquicas, psicológicas, pessoais, económicas e financeiras para ser «de esquerda».
Mas não quero ser!
A esquerda pensa, acha e comporta-se como a única e legitima proprietária da democracia.
A esquerda pensa, acha e quer convencer tudo e todos que a democracia e os direitos (todos) só e apenas podem ser defendidos e garantidos por ela.
Mas – ao contrario do que pensa e acha a esquerda – a esquerda tem-nos demonstrado que quando chega ao poder comporta-se – tal e qual- ao contrário do que a apregoa.
Analisando bem a trajectória da esquerda dos últimos 40 anos tenho de concluir que a esquerda e os de esquerda se comportam, acham e pensam como os que não são.
Agora está na moda a esquerda encher a boca com o partido CHEGA. E até se dá ao luxo de querer dar lições de ética politica e de defesa dos pobres e oprimidos. E preocupa-se muito com a postura e a posição do PSD em relação ao CHEGA.
Esta berraria toda da esquerda para mim não passa «dum inchente de rir»
Se a esquerda não comesse tanto queijo não se tinha esquecido de alguns factos e episódios que a história e a realidade nos mostram.
Um ex-chanceler alemão ao deixar o poder – na Alemanha – vendeu-se ao sr. Putin.
Mais tarde um club alemão expulsou-o de sócio-honorário.
Este Schorauder politico foi líder do SPD. Lembram-se?
A esquerda foi a primeira a levar para o governo a extrema-direita fascista, xenófoba e racista. Nos anos 80 do séc. passado, o partido socialista austríaco – antes liderado pelo sr. Kreisky – fez coligação com a extrema-direita austríaca, para se manter no governo da Áustria. Lembram-se?
O Siriza – do sr. Tsipras – partido da extrema-esquerda da Grécia venceu as legislativas mas sem maioria. Para formar governo fez coligação com o partido da extrema direita grega e até lhe deu o ministério da Defesa.
Quem apoiou muito o Siriza e o sr. Tsipras foi o sr. Louçã , a sra. Catarina e outros «sus muchachos» e o Bloco de Esquerda qual ser vivo em fase terminal. Lembram-se?
A esquerda e os de esquerda em Portugal não passam de uns patuscos.
Acham-se no direito de dividir a sociedade em direita e esquerda. Colar o mal e todo o mal à direita. Colar o bem e todo o bem à esquerda.
E até a comunicação social alinha – e tem alinhado- nesta fantochada e nesta estupidez.
Os democratas, os competentes e os sérios são de esquerda.
Os fascista, os oportunistas incompetentes, os trafulhas, os candongueiros e os desonestos – ah esses – são de direita.
