Obras no Mosteiro trapista de Palaçoulo já arrancaram e estarão concluídas a tempo da Jornada Mundial da Juventude em 2023
As monjas trapistas do mosteiro de Santa Mãe da Igreja, cujo terreno foi benzido hoje, anseiam que as obras do empreendimento orçado em seis milhões de euros estejam concluídas a tempo da Jornada Mundial da Juventude 2023.
A irmã Giusy, madre superior deste mosteiro, manifestou ao Mensageiro essa vontade durante a bênção do terreno onde será construído o mosteiro Trapista, a ser erguido no lugar do Alacão, em Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, no distrito de Bragança.
“Esperamos que as obras estejam concluídas a tempo da Jornada Mundial da Juventude. Pretendemos que a conclusão da construção do mosteiro aconteça em agosto de 2023”, indicou a religiosa.
De acordo com a religiosa, o futuro mosteiro, com um custo estimado em seis milhões de euros, obedece a um projeto clássico de um mosteiro cisterciense, com uma planta quadrada com um claustro que ao seu redor do qual ficaram todos os lugares regulares tais como a igreja, o capítulo, o refeitório, dormitórios entre outros aposentos, num edifício composto por dois pisos.
A bênção do terreno do futuro mosteiro aconteceu hoje, 30 meses após o início das obras da casa de acolhimento, que está já em funcionamento e que tem acolhido “muitos pessoas de todo país que procuram este local”.
Por seu lado, o pároco de Palaçoulo e capelão do mosteiro, padre António Pires, que desde o início
acompanha o projeto, disse que tudo começou em 2016 como processo burocrático e outros procedimentos administrativos.
“A bênção da casa de acolhimento foi feita por José Cordeiro, à data bispo diocesano, em 24 de junho de 2019. A primeira missa realizada na casa de acolhimento aconteceu em 25 de novembro de 2020. Agora, estamos a iniciar o mosteiro propriamente dito, e esperamos que esteja concluído daqui a 20 meses [agosto de 2023]”, frisou o clérigo.
Após a conclusão do mosteiro, o espaço da Casa de Acolhimento será liberado para o turismo religioso.
Já a presidente da câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, destacou a importância deste mosteiro no território do Nordeste Transmontano e que trará uma nova centralidade ao concelho.
A autarca mostrou-se disponível para apoiar a ordem religiosa e a sua obra “dentro das possibilidades da autarquia”.
O complexo religioso, que terá capacidade para 40 monjas e será "orientado para a contemplação e culto divino dentro do recinto e segundo a regra de São Bento", sendo o custo suportado integralmente pela Ordem formalmente designada Cisterciense da Estrita Observância.
Nesta primeira fase 10 monjas ocupam o espaço religioso [Casa de Acolhimento] já que, segundo as regras desta comunidade monástica, não se pode construir uma ordem com menos de 10 religiosas.
Todo o empreendimento religioso uma área de 30 hectares de terrenos que foram cedidos, permutados ou comprados pela Paróquia de S. Miguel de Palaçoulo e situados no lugar de Alacão, a cerca de três a quatro quilómetros da aldeia de Palaçoulo.
Após 377 anos da extinção do Mosteiro de Castro de Avelãs, no concelho de Bragança, está, agora, a erguer-se um novo mosteiro feminino em Palaçoulo que “é sinal de coragem de confiança e pode ser um sinal de esperança para a região”, aquela ordem e a diocese de Bragança- Miranda.
O mosteiro trapista de Santa Mãe da Igreja é o primeiro em Portugal, desta ordem religiosa.