Morreu Nuno Álvaro Vaz fundador da Obra Social Padre Miguel
Morreu Nuno Álvaro Vaz, 85 anos, um dos fundadores da Obra Social Padre Miguel, em Bragança, da qual foi também benemérito, impulsionador do seu crescimento e presidente durante vários anos.
O velório está marcado para amanhã, a partir das 10h00, na Igreja da Misericórdia, em Bragança, onde também se realizam as exéquias fúnebres. O corpo segue depois para o crematório de Valpaços.
“Quem pode deve ajudar quem precisa” era o lema de vida do antigo empresário brigantino que dedicou a vida ao voluntariado e à solidariedade.
Nuno Álvaro Vaz, fundador e presidente da Obra Social Padre Miguel, em Bragança, dizia que se limitou a aplicar na vida os ensinamentos dos pais de não virar as costas ao próximo, que ampliou ao privar com o padre Miguel, que considerava excepcional.
Desde cedo se dedicou ao voluntariado e à solidariedade. A ajuda ao próximo começou dentro das suas próprias empresas, foi proprietário de várias papelarias, onde já em 1973 pagava aos funcionários 15 salários por ano. Como voluntário passou pelo Grupo Desportivo de Bragança, pelos Bombeiros, Clube de Caça e Pesca, Festas da Cidade, foi autarca
da Junta da Sé antes de o cargo ser remunerado e presidente da Obra Padre Miguel.
Há três décadas, pelo Natal, ele e a esposa enviavam cabazes de bens de primeira necessidade aos mais carenciados de Bragança, mas faziam-no de forma anónima. Foi assim que se aperceberam da existência de uma franja de população pobre e sem apoio. Procurou a ajuda de outros para fundar a Obra Padre Miguel, instituição que agora é uma considerada uma referência no país. O projecto nasceu na rua, mas transformou-se num baluarte no apoio social. A grande luta foi para construir uma sede
onde fosse possível ampliar a ajuda. Bateu a muitas portas para erguer a casa, que dispõe de várias valências, creche para 60 crianças, um lar social para idosos com menos capacidade financeira e um lar residencial para quem pode pagar.
Nuno Álvaro Vaz era sem dúvida um ilustre brigantino, um portguês extraordinário, que não negava a ajuda ao próximo.