Já não era sem tempo, o país tem orçamento
1 – FINALMENTE, TEMOS ORÇAMENTO!
Depois de lançar mão de todas as estratégias possíveis e imaginárias, cada qual a mais ridícula e menos ajustada ao que verdadeiramente estava em causa, tendo como grandes objetivos lavar a cara para ficar bem na fotografia e utilizar em proveito próprio as condicionantes dum governo minoritário como o atual, situação, de resto, vista por muitos como a ultima e a única hipótese de garantir, enquanto possível, a sua sobrevivência política, o certo é que depois, com mais ou menos dificuldade, acabaram todos por ter de engolir um sapo do tamanho dum elefante.
Como se isto não fosse assunto suficiente para obrigar muito boa gente a pensar cuidadosamente no seu sentido de voto, nunca como agora, com toda a propriedade, se pode dizer que Portugal, depois de esperar nove meses para ter um orçamento aprovado,(tempo suficiente para a gestação duma criança), afinal vai ter de governar com um orçamento, no mínimo muito curioso, a fazer lembrar um filho enjeitado, gerado por muitos pais na Assembleia da República, mas do qual todos reclamam a paternidade, mas ninguém tem, nem nunca terá, a coragem, a honra, a dignidade e a vergonha de se assumir como tal, dos quais, o mínimo que agora se exige é que, se não querem ter respeito para consigo próprios, o problema é deles, pelo menos que o tenham para com quem os elegeu e para com as instituições que os acolheram, à sombra das quais se instalaram e prosperam.
Nem outra coisa seria de esperar do grupo do grupo das duzentas e trinta pessoas que compõem o parlamento as quais, quando não há outras coisas que para eles sejam mais importantes, tais como a ridícula e esfarrapada desculpa do “desenvolvimento de atividade política no exterior”, (vá-se lá saber o que é isto), se juntam em Lisboa no Palácio de S. Bento, ao que parece, unicamente para se mostrarem nas televisões às famílias, aos amigos e às gentes do bairro da sua terra.
2 – E AGORA?
Aprovado que está o Orçamento Geral do Estado para 2025, depois dos milhares de horas consumidas pelos partidos, desde o início do processo da sua elaboração, até à sua aprovação no dia 29 do passado mês de novembro, o país espera e exige agora de todos os políticos, muito especialmente dos deputado de todos os partidos, e de todos os agentes da administração pública que, conscientes de que o país tem o orçamento que foi possível e não o que seria ideal, cada um dentro da sua esfera de influência e em conformidade com as suas responsabilidades, no exercício das suas funções tenham sempre presente o bem comum e o interesse das pessoas