Vila Flor celebrou Dia da Liberdade na rua

“O 25 de abril não pode ser esquecido”, foi uma das frases mais repetidas nas cerimónias que decorreram em Vila Flor, de celebração dos 51 anos de liberdade em Portugal.
Dois jovens, deputados da Assembleia Municipal Jovem, Gabriel e Lara, fizeram a sua homenagem ao Dia da Liberdade, mostrando, sendo “filhos da democracia”, que não tomam a “liberdade como garantida” e percebem que liberdade significa também “responsabilidade” e “respeito pela liberdade dos outros”.
E essa foi a tónica da intervenção do Presidente da Assembleia Municipal, Pedro Santos. “Assistimos a um desinteresse de participação das pessoas na vida pública, mas é importante relembrar que é essa participação, a vontade do povo, que sustenta a democracia”, referiu.
Pedro Santos alertou para “as ameaças” globais que o contexto internacional diariamente nos mostra, de ataques à paz, à liberdade, à democracia, de tentativa de subjugação seja ela política ou económica. Perigos reais que exigem, cada vez, mais uma postura participativa dos cidadãos, que não devem assumir “a liberdade como certa”, defendeu.
O Presidente do Município, Pedro Lima, na mesma linha de raciocínio, felicitou os jovens, pela sua perceção e comprometimento com as conquistas de abril: “Essas conquistas só foram possíveis porque alguém sonhou, ousou, saiu para a rua e lutou por um ideal e um país melhor”.
As cerimónias aconteceram na rua, na Av. Marechal Carmona, em frente aos Paços do Concelho, com um programa contido, que começou com um breve momento de homenagem e agradecimento ao Papa Francisco, que deixou um legado de humanismo, inclusão, tolerância, respeito e liberdade.
Participaram nas celebrações do 25 de Abril , a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários, a Banda Filarmónica da ACRVF, a Associação ComCordas, e os cantores locais, Beatriz Silva e Lionel Batista.
Após o cântico do Hino Nacional a Bandeira foi arriada a meia haste.
Também todas as Juntas de a Freguesia marcaram presença hasteando as suas bandeiras, tradição implementada pelo atual executivo quando tomou a decisão de realizar as cerimónias na rua, sem muros, com toda a comunidade. “Esta foi a forma de honrar Abril, não apenas com palavras, mas com o compromisso diário de sermos dignos da liberdade que nos foi devolvida.”