Produção de castanha deste ano com previsões em baixo

Este ano parecia estar tudo a correr melhor do que no ano passado no que respeita à produção de castanha, porém a tempestade de quarta e quinta-feira derrubou muitos ouriços nos soutos transmontanos. Em consequência do mau tempo prevê-se um impacto negativo na colheita. “Há muito ouriço no chão, o que pode originar uma produção quase em linha com a do ano passado. Estimam-se entre 30 a 35 mil toneladas”, calcula José Laranjo, responsável pela RefeCast- Associação Portuguesa da Castanha e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
José Laranjo disse ao Mensageiro que as expetativas para a campanha deste ano são melhores do que se revelou a colheita de 2023, mas, mesmo assim, “são abaixo do que seriam numa uma campanha normal”, antecipa. “No ano passado a redução da produção andou pelos 50% face a um ano médio, isto é, numa campanha sem flutuações devido ao clima e às pragas. Em Portugal um ano médio situa-se, atualmente, entre 45 a 50 mil toneladas anuais”, revelou.
Em Vinhais há mais cautela com os palpites quer da quantidade quer da qualidade da castanha que se espera.
Os agricultores dizem que há menos castanha do que no ano passado, porém o presidente da Câmara de Vinhais, não quis antecipar números sobre a produção. “Não faço previsões, porque as coisas mudam rapidamente por causa das alterações climáticas”, afirmou Luís Fernandes.