José Luís Carneiro veio apresentar-se aos militantes do PS
Foi uma “mensagem de esperança no futuro” aquela que José Luís Carneiro, candidato assumido à liderança do Partido Socialista, pretendeu trazer aos militantes do distrito que, no sábado, o esperaram na sede distrital do partido, em Bragança.
Com algumas ausências notadas, nomeadamente de alguns autarcas socialistas do distrito (Nuno Ferreira, de Freixo, Luís Fernandes, de Vinhais e Eduardo Tavares, de Alfândega da Fé) e a presença da candidata à Câmara de Bragança, Isabel Ferreira (que não é militante), o antigo Ministro da Administração Interna do último Governo de António Costa pôs a tónica no futuro, depois da hecatombe que atingiu o PS nas Legislativas de 18 de maio, em que se tornou na terceira força mais votada.
“A mensagem é de esperança no futuro. No futuro do Partido Socialista e no futuro do nosso país. Para isso vimos explicitar o modo como queremos colocar o PS ao serviço de Portugal, assumindo o estatuto de oposição. Queremos que seja uma oposição firme, na defesa dos valores e dos princípios do PS mas também construtiva, para servir o interesse do país”, sublinhou José Luís Carneiro, em declarações ao Mensageiro.
“Quando digo firme na defesa dos valores e dos princípios estou a referir-me à defesa, nomeadamente, do Serviço Nacional de Saúde, da proteção social pública, da escola pública e das políticas de habitação e, por outro lado, estou a referir-me à cooperação para servir o país no que tem a ver com a defesa e a política externa portuguesa, no que tem que ver com as questões de segurança externa, com a reforma da Justiça, com a cooperação para termos uma agenda de combate à pobreza e às desigualdades e, particularmente, em territórios como Bragança, tenho uma proposta para apresentar que tem a ver com a defesa dos contratos territoriais de desenvolvimento, que são contratos para promover a coesão social, económica e territorial, tendo em vista combater as dificuldades que vivem os mais jovens no Interior”, precisou.
José Luís Carneiro pretende “criar condições para atrair investimento, criar oportunidades de vida e de desenvolvimento do Interior é uma das prioridades da minha moção”.
“Como é que isso se consegue? Há uma abordagem de diagnóstico das dificuldades infraestruturais ao nível dos equipamentos, da formação e da capacitação das pessoas e das instituições e, ao mesmo tempo, é feita uma avaliação dos recursos que têm os próprios territórios e que podem ser valorizados como fator de desenvolvimento. É estabelecido um contrato em função desse diagnóstico das dificuldades e constrangimentos e da identificação das oportunidades e dos recursos que podem contribuir para o desenvolvimento que se estabelece uma contratualização para financiamento público e europeu para promover a criação de emprego, a criação e condições de investimento por parte das empresas condições para a promoção da melhoria das condições de vida das pessoas”, concretizou.
