Transmontanos continuam saudosos do escudo 22 anos depois do euro começar a circular definitivamente

Vai longe o dia 1 de janeiro de 1999, quando o euro foi introduzido como moeda única de 11 Estados-Membros da União Europeia (UE). A transição definitiva em Portugal dá-se a 1 de janeiro de 2002, após dois anos em que vigoravam as duas moedas, escudo e euro. Vinte e dois anos é data já tão distante na memória, que Irene Roque, 63 anos, já lhe tinha perdido a medida. “Ui, passou tanto tempo!”, reagiu.

As contas à vida com a moeda única fá-las bem, mas por baixo. “A vida piorou muito. A mudança do escudo para o euro afetou-nos muito a cabeça e a carteira”, frisa Irene, que vive da agricultura na aldeia de Palácios, no concelho de Bragança.

Há 22 anos, Irene comprava qualquer coisa com um escudo. “Agora um euro mal dá para pagar um café” confessa esta agricultora sem pejo de dizer que “o euro desaparece da mão mais depressa do que cá vem parar”.

Atualmente, segundo as informações da União Europeia o euro “apoia a economia e torna mais fácil a vida de 350 milhões de pessoas em 20 dos países inseridos na comunidade”.