Sindicato dos Técnicos do INEM pede mais competências para os bombeiros

Na sequência do acidente ocorrido em Torre de Moncrovo, que provocou cinco feridos graves, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar do INEM, o moncorvense Rui Lázaro, denuncia aquilo que diz ser a falta de competências nos corpos de bombeiros, que prejudicam o socorro sobretudo no interior do país.
“Um acidente com cinco feridos é um acidente banal. Mas a melhor resposta que temos é a VMER de Bragança, baseada a 90 kms, e a de Mogadouro a 70.
Acho que deveria haver outras competências nos corpos de bombeiros, que é quem está a prestar socorro na proximidade”, alertou.
De acordo com Rui Lázaro, se as ambulâncias tivessem paramédicos, isso não aconteceria.
O dirigente sindical diz que a situação “é inadmissível”.
“No interior do país, aquela é a melhor resposta que se consegue. Ter meios que demoram 50 minutos ou mais não é admissível. O tempo internacional recomendado em espaços rurais é de 15 minutos. Isto é fruto do abandono dos últimos anos todos”, vinca, em declarações ao Mensageiro.
Por isso, Rui Lázaro, que também é segundo-comandante dos bombeiros de Leça do Balio, aponta um caminho.
“A resposta da qualificação de colocação de técnicos de emergência pré-hospitalar nos bombeiros ou paramédicos seria a solução.
Se os bombeiros de Moncorvo tivessem técnicos de emergência pré-hospitalar ou paramédicos já poderia ter sido dada uma resposta mais rápida.
Eram feridos graves e só tiveram acesso a cuidados diferenciados muito tarde. Quem tivesse que morrer e tivesse de aguardar 50 minutos por cuidados diferenciados morreria de certeza”, conclui.