Integração dos emigrantes discutiu-se em Balsamão

A 27.ª edição das Jornadas Culturais de Balsamão permitiram discutir, este ano, os desafios inerentes à integração de migrantes. “A integração é muita coisa, não se consegue ao fim de pouco tempo. Mesmo nós, quando mudamos de uma cidade para outra, demoramos tempo a conhecermos os vizinhos, a perceber quais os recursos que estão à nossa volta e a utilizá-los com naturalidade. Para um estrangeiro, esse desafio é maio. Não conhece, não sabe os recursos, não sabe a língua, não sabe a cultura. Normalmente à mesa encontramo-nos. O principal desafio do processo migratório é o primeiro, encontrar emprego, para fazer face ao custo de vida. E, neste momento, em Portugal, isso é muito difícil, porque o preço da habitação é muito alto.
Neste momento, não é difícil encontrar emprego. Mas o custo de vida é elevado, mesmo para quem tem emprego.
O migrante já sabe onde há emprego e vai para lá.
Se conseguirmos perceber como suprir o resto das necessidades, a autonomia produz-se e, depois da autonomia, vem o resto da integração”, explicou Nuno Costa Jorge, que há mais de dez anos trabalha no Serviço de Acolhimento a Refugiados.